𝙆𝙞𝙢 𝙃𝙖 𝙀𝙪𝙣, uma jovem com um passado marcado por segredos e tragédias, muda para uma nova escola buscando um recomeço. A perda prematura de sua mãe aos dez anos deixou-a desamparada, confiando somente na presença amorosa de sua avó enquanto...
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O DIA PECULIAR DE AULAS finalmente chegou ao fim, e Ha Eun dirigiu-se à parada de ônibus, aguardando.
Assim que chegou em casa e abriu a mochila com a intenção de estudar, os livros organizados deram lugar a uma surpresa inesperada: o terno de Seo Jun, persistindo em permanecer ali, como um lembrete inconveniente.
— Isso é irritante. Ignorar ele parece não ser mais uma opção viável — resmungou consigo mesma enquanto encarava o terno.
Sua avó Ga Eun, a chamou para o jantar e ela prontamente respondeu ao chamado, movida pela fome e por um aroma delicioso que impregnava o ar.
— Que cheiro maravilhoso — ela sorriu, com o apetite já aguçado.
— Coma bem, o estudo pode esperar um pouco — aconselhou a avó, preocupada.
— Hoje, infelizmente, não tenho escolha. Tenho que lavar uma peça de roupa antes de estudar. Preciso que seque até amanhã — explicou Ha Eun.
— Manchou seu uniforme? — indagou a avó.
— Não, é uma história mais longa. Vou explicar tudo detalhadamente enquanto jantamos — assegurou a estudante.
— É importante, gosto de estar a par de tudo que acontece com você — ressaltou a senhora Kim.
E assim, entre as colheradas e as histórias, a noite começou a se desenrolar, envolvendo Ha Eun em relatos. Para sua avó era incrível que pela primeira vez ela compartilhava o seu dia a dia com empolgação.
Depois do jantar, Ha Eun, estava absorta em sua tarefa, mergulhando no processo de lavagem do terno de Seo Jun. Enquanto esfregava com cuidado as áreas manchadas, seus pensamentos divagavam por entre as frases que ela mesma proferia, num diálogo solitário:
— Por que será que ela ficou tão abalada? — questionou-se, se referindo a Ju Kyung. — e aquele garoto ajudando ela foi bem surpreendente, dizem que ele é um sociopata, então aquilo foi de se admirar. Ele deve gostar dela.
Enquanto ainda esfregava o terno, Ha Eun notou um pequeno rasgo se formando no tecido. Seu coração acelerou instantaneamente e a respiração se tornou descompassada.
— Ai meu Deus, não acredito! O que eu fiz? Ah não, não, não... Não posso acreditar nisso! — falou agitada. — ele vai acabar comigo. Logo agora que a minha vida estava começando a melhorar. — mordeu o lábio inferior.
***
O sol da manhã entrou pela janela, iluminando o quarto de Ha Eun. Ela já estava pronta para mais um dia de aula, mas seus olhos recaíram sobre o terno de Seo Jun, pendurado de forma proeminente em um cabide, em uma posição quase desafiadora em frente ao seu guarda-roupas. A Kim já havia costurado o pequeno rasgo que fizera na parte de trás do tecido.
