𝙆𝙞𝙢 𝙃𝙖 𝙀𝙪𝙣, uma jovem com um passado marcado por segredos e tragédias, muda para uma nova escola buscando um recomeço. A perda prematura de sua mãe aos dez anos deixou-a desamparada, confiando somente na presença amorosa de sua avó enquanto...
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O HOSPITAL, UM EDIFÍCIO IMPONENTE e impessoal, erguia-se à sua frente. Os irmãos trocaram olhares ansiosos antes de descerem do táxi e adentrarem o saguão frio do hospital.
O cheiro de desinfetante permeava o ar, trazendo memórias indesejadas à mente de Ha Eun. Suas mãos tremiam enquanto se dirigiam à recepção. O olhar do Su Ho buscava informações, enquanto o coração de Ha Eun batia descompassado, um presságio de temor apertando seu peito.
Finalmente, uma enfermeira os conduziu até o quarto onde seu pai estava. Ao abrirem a porta, a visão de Lee Joo Hun deitado na cama, pálido e imóvel, atingiu-os como um soco no estômago. Ha Eun conteve a respiração, lágrimas já preenchendo seus olhos.
— Chegamos, pai — sussurrou a voz de Su Ho quando ele se aproximou da cama.
— Estamos aqui, pai — soou a voz serena de Ha Eun.
Os olhos de Joo Hun se abriram lentamente, a surpresa e alegria se misturando ao ver seus filhos ali. Uma agitação perpassou seu semblante, como se houvesse algo urgente a ser compartilhado.
— Sinto muito, sinto muito, Su Ho — ele falou, as palavras brotando com pressa, como se temesse perder a chance. — Eu achei... que não conseguiria te dizer.
— Tudo bem — murmurou Su Ho, sua voz embargada, enquanto sua mão buscava segurar a do pai.
— Pensei... que a próxima vez que nos veríamos... — Joo Hun lutava para falar, seus olhos encontrando os de Ha Eun. — seria em um jantar. Me desculpe.
— Não fale tanto, por favor — pediu ela, sorrindo em meio a lágrimas teimosas, a mão dela também logo deslizando para cima da outra mão do pai.
Oquarto ficou impregnado com um silêncio pesado, rompido apenas pelo som contínuo dos aparelhos médicos.
Os dias se desdobravam e Ha Eun e Seo Jun mantinham um contato frequente, assim como Su Ho e Ju Kyung. Os irmãos se dedicavam principalmente ao hospital, ora compartilhando passando o dia juntos, ora alternando para permitir que o outro descansasse em casa.
Lee Joo Hun ainda lutava contra a fragilidade dos seus braços, dependendo da ajuda dos filhos para as refeições. Diante de um almoço, Su Ho cortava a comida com garfo e faca, oferecendo-a ao pai.
— Precisa comer, pai, aqui — Su Ho conduziu o garfo até a boca dele.
— Eu prometi a vocês que pagaria uma comida gostosa — Joo Hun comentou.
— Compramos quando o senhor melhorar — assegurou Su Ho. — vai ser bem legal.
