𝙆𝙞𝙢 𝙃𝙖 𝙀𝙪𝙣, uma jovem com um passado marcado por segredos e tragédias, muda para uma nova escola buscando um recomeço. A perda prematura de sua mãe aos dez anos deixou-a desamparada, confiando somente na presença amorosa de sua avó enquanto...
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AO DECORRER DA SEMANA, os médicos avaliavam a condição de Ha Eun, levando em consideração tanto o aspecto físico quanto o emocional. A Kim mergulhava em uma jornada delicada de recuperação, com Seo Jun ao seu lado a cada passo. Ele se tornou seu apoio constante.
Durante as refeições, Ha Eun, muitas vezes relutante em comer, encontrava um incentivo inusitado em Seo Jun. Ele se tornou um mestre na arte de fazê-la rir e esquecer momentaneamente os problemas, trazendo leveza aos momentos, além de atualizá-la sobre a escola, deixando claro que seus amigos sentiam sua falta e que achavam que tudo o que ela tinha era uma gripe.
A presença constante de Seo Jun não passou despercebida pelos médicos e pela equipe de cuidados. Eles observaram, sutilmente, como a energia positiva que ele trazia parecia ter um impacto notável na disposição de Ha Eun.
Em uma tarde ensolarada dentro da sala de hospital, Ha Eun estava deitada na cama, apoiada por vários travesseiros, com um olhar dramático no rosto. Seo Jun, sempre atencioso, estava ao seu lado, folheando uma revista.
— Ai, Seo Jun, eu só queria que esse travesseiro estivesse um pouquinho mais alto. E, sabe, acho que a temperatura aqui está muito fria. Pode pegar uma coberta para mim? — ela pediu, sorrindo e tentando ser fofa.
Ele riu suavemente, mas não hesitou em atender aos caprichos dela.
— Claro, “princesa”, devo buscar também uma bandeja de morangos e um violoncelo para tocar uma serenata? — brincou ele, ajeitando o travesseiro para ela.
Ela fez um bico, fingindo ofensa.
— Muito engraçado. Não deveria me chatear, estou em uma situação delicada aqui — falou dramática.
Seo Jun, sorrindo, afastou-se e logo voltou com uma manta.
— Aqui está, Sua Alteza — disse, a cobrindo.
— Agora sim. Mas agora estou com sede. Pode pegar água para mim? — pediu ela, piscando repetidas vezes.
— Água? — Ele fingiu surpresa. — você realmente está abusando dos seus privilégios, sorvetinho exigente.
Ha Eun riu, saboreando o momento de descontração.
— Obrigada, meu fiel súdito. Você é o melhor — ela ergueu o polegar para ele, em aprovação.
Nesse momento o médico entrou na sala, encarando um prontuário.
— Senhorita Kim, fico feliz em informar que sua recuperação está indo muito bem. Não vem apresentando mais sequelas físicas, a resistência à alimentação diminuiu bastante, e suas respostas emocionais também mostraram melhorias significativas. Com base nesses progressos, acredito que é apropriado lhe conceder alta.
Ha Eun sorriu, expressando sua gratidão pela notícia, seu olhar logo se encontrando ao de Seo Jun, que parecia igualmente aliviado.
— Ao retornar para casa continue tomando os medicamentos prescritos para garantir uma recuperação tranquila. Além disso, recomendo agendar consultas de acompanhamento para monitorarmos seu progresso. — ele pausou um momento, para olhar para os dois. — o seu namorado te ajudou muito na recuperação, então a rede de apoio é o que mais importa.
