𝙆𝙞𝙢 𝙃𝙖 𝙀𝙪𝙣, uma jovem com um passado marcado por segredos e tragédias, muda para uma nova escola buscando um recomeço. A perda prematura de sua mãe aos dez anos deixou-a desamparada, confiando somente na presença amorosa de sua avó enquanto...
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HA EUN DESCEU DO ÔNIBUS após uma tarde repleta de risadas e conversas animadas com suas amigas. Enquanto caminhava em direção à casa, a brisa suave acariciava seu rosto, prenunciando a serenidade do fim de tarde. Ao entrar em casa e se despir dos sapatos, uma voz desconhecida a fez parar à porta, despertando sua curiosidade.
— Não acha que já é hora de contar a ela toda a verdade? Ela precisa saber por você — sussurrou a voz desconhecida.
Ha Eun franziu a testa, avançando com cautela para dentro de casa.
— Quem precisa saber o quê? — a Kim perguntou, encarando sua avó e a visita, imediatamente reconhecendo-a. — Senhora Mi Hyang?
— Você chegou, querida — disse sua avó, Ga Eun, visivelmente nervosa. — Não é nada, esqueça isso e sente-se conosco.
Acomodando-se entre sua avó e a visitante, foi recebida por um sorriso caloroso.
— Não imaginava que se lembraria de mim. Já faz um tempo desde a última vez que nos encontramos — expressou Mi Hyang.
— Eu jamais esqueceria da senhora — respondeu Ha Eun, com um sorriso afetuoso.
— Sabe, você não vai acreditar na coincidência que acabei de descobrir, — revelou sua avó, num tom animado. — O filho dela estuda na sua escola, no mesmo ano que você.
— Sério?! — Ha Eun indagou, surpresa. — Nunca vou esquecer aquele pestinha.
— Vocês brigavam tanto e só se chamavam por apelidos — relembrou Mi Hyang, trazendo à tona as memórias.
— Sempre fui calma, mas seu filho sabia como me tirar do sério — disse Ha Eun, trazendo risos para sua avó e a visitante. — Sinto muita falta daqueles tempos. Você era como uma irmã para minha mãe, por mais que tenham passado pouco tempo juntas. A conexão de vocês era incrível — confessou, tocada pela nostalgia.
— Você é tão linda quanto ela, sabia? — murmurou Mi Hyang, enquanto acariciava gentilmente o rosto de Ha Eun.
A senhora Kim Ga Eun havia decidido partir daquele lugar assim que sua filha Hee Eun se foi deste mundo. A casa, outrora repleta dos risos contagiantes da sua amada filha, transformou-se em um cenário melancólico onde cada recanto ecoava com lembranças dolorosas. A tristeza constante nos olhos da neta aprofundava ainda mais a ferida da perda.
Mi Hyang era a melhor amiga da mãe de Ha Eun, mas infelizmente não passaram muito tempo juntas, já que se conheceram um ano apenas antes da mulher partir. Ainda assim, foi uma figura muito importante para Hee Eun, e agora era o mesmo para Ha Eun.
— Bom, qual era mesmo o nome do seu filho? Eu só me referia a ele como ‘grilo falante’ — recordou Ha Eun, trazendo à tona memórias antigas.
Passos se aproximaram, anunciando a chegada de alguém.
