Eu sempre fico atrás de um imagine que consiga prender a minha atenção na madrugada, então eu decidi ajudar os que também querem se iludir um pouquinho.
Assim como eu também quero ajudar aqueles que se sentem sozinhos ou precisam de um conforto.
Co...
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Juntei as minhas mãos mais uma vez, tentando dissipar o frio que eu sentia na ponta dos meus dedos.
Estou nervosa.
Katsuki está voltando hoje do serviço militar. E a última vez que nos falamos, foi há quase um mês, já que a comunicação deles é limitada. E aqui estou eu, parada à alguns metros do ônibus gigantesco encarregado de trazer os soldados.
E se ele se machucou? E se for grave? E se ele não se lembrar mais de mim por ter sido atingido e ter perdido a memória?
Meu Deus. Eu vou ter um treco se ele não descer desse ônibus agora.
Levantei o meu rosto -que estava focado nas minhas mãos- para me deparar com o cabelo loiro espetado que eu conhecia bem. Ele sorriu de forma contida e falou alguma coisa para outros dois soldados que desceram junto com ele.
Bakugou se despediu com um aceno de mão e se afastou um pouco, virando a cabeça de um lado para o outro de maneira quase desesperada.
Está me procurando.
Eu corri. Corri tanto que senti minhas coxas arderem com a velocidade súbita que eu as impus. E em um piscar de olhos, eu havia pulado no Katsuki.
Minhas pernas se agarraram à cintura dele, ao passo que meus braços fincaram em seu pescoço. Foi uma promessa silenciosa de que eu nunca mais o deixaria se afastar de mim.
Bakugou: Estou em casa. -Murmurou contra o meu pescoço, passando os braços nas minhas costas enquanto respirava fundo- E se continuar me agarrando assim, eu não vou conseguir respirar.
— Cala a boca! -Exclamei, rindo. Afastando meu rosto do pescoço dele- Esperei tanto por isso. Você está aqui, tipo, de verdade. E não apenas na tela do computador.
Minhas mãos passaram por todo o rosto dele em tempo recorde, acho que para confirmar mesmo que é o Bakugou em carne e osso.
Bakugou: Pois é. -Sorriu- Odiei ver e falar com você por meio daquela coisa. -Seus olhos vermelhos se fixaram nos meus. Suas pupilas dilataram enquanto ele me observava- Por que está chorando, querida? -Murmurou, passando o polegar pela minha bochecha.
— Desculpa. -Soltei um braço do pescoço dele para passá-lo sobre o meu rosto- Acho que é saudade. -Ri- Senti muito a sua falta.
