Imagines- Boku No Hero Boys ♡

𝐇𝐢𝐭𝐨𝐬𝐡𝐢 𝐒𝐡𝐢𝐧𝐬𝐨𝐮- 𝐏𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐞

   Termino de guardar os últimos produtos na sacola de supermercado, pegando-a e me despedindo da moça que está no caixa.

   Respiro fundo tentando lidar com o peso das mil sacolas que eu estou carregando. Pensei em fazer um jantar elaborado hoje, afinal, temos um motivo a ser celebrado.

   Shinsou entrou no Top 10 ontem. É o nono melhor herói do Japão atualmente. Na hora que anunciaram isso na TV e a câmera fisgou o rosto dele, ficou claro que ele também não esperava.

   Lembro de ter pulado do sofá e começado a gritar feito louca, comemorando por ele. Na hora eu quis tanto abraçá-lo e beijá-lo, mas Hitoshi estava ocupado demais subindo no palco para dar seu discurso.

   Não tive tempo de preparar nada especial, pois já estava tarde, então o máximo que eu pude fazer foi enchê-lo de beijos, elogios e parabenizações. Mas hoje eu planejo fazer todos os pratos favoritos do Shinsou, ele merece.

   Só que eu queria comprar mais alguma coisa. Um presente de verdade. Será que ele iria gostar de algum livro? Provavelmente não, os que ele lê sempre são cheios de teoria sobre golpes de luta.

   Será que ele prefere roupa? Algum tipo de blusa ou calça específicas? Ou talvez eu pos-

Miau.

   Parei e encarei o beco pelo qual eu estava passando. Será que foi impressão minha ou eu ouvi mesmo um miado?

   Esperei uns segundos para garantir que era minha imaginação e voltei a andar.

Miau.

Ok, definitivamente não é minha imaginação.

   Passei as sacolas de uma mão para a outra e entrei no beco úmido e escuro. Olhei para ambos os lados, mas não tinha nada em nenhum lugar.

   Dei mais um passo adiante e quase cai. Péssima ideia. Eu devo ter tropeçado em algum pedaço de metal ou ma...

...Oh.

   Não foi em metal ou madeira, eu tropecei em uma caixa de sapato. Uma caixa de sapato onde um filhote de gato acinzentado e mais magro do que deveria está me encarando.

   Quem em sã consciência teria coragem de largar um filhote tão fofo assim, no meio da rua para morrer de fome?

Alguém muito cruel, com certeza.

   Ajeitei novamente as sacolas no braço e me abaixei para pegar a caixa. Não posso deixar esse pequenino aqui passando frio.

   Quanto mais perto eu chegava de casa, mais ele miava. Tenho certeza que a última vez que ele comeu foi há, no minimo, cinco dias.

   Passamos pelo jardim da frente até chegar na porta. Abri o mais rápido que pude, mas foi meio difícil com sacolas de compra em uma mão, e uma caixa com um ser vivo na outra.

Acontece.

   Já no lado de dentro, larguei as sacolas no chão da cozinha e fui rapidamente até a geladeira. Deve ter sobrado um pouco da carne que jantamos ontem.

   Peguei a panela com uma quantia até que generosa de comida e joguei tudo em um pote. Voltei a atenção para o filhote e o tirei da caixa para colocá-lo no chão.

   E em apenas alguns poucos segundos, já não havia mais comida ali. Ele estava faminto. Se eu achar quem fez isso com ele, essa pessoa vai se arrepender até a décima geração.

   Suspirei enquanto encarava a pelugem preto com cinza do animalzinho, e talvez ele tivesse se sentindo observado, já que em pouco tempo, ele me encarou de volta. Tão fofo. Estendi o braço para tocar nele, que no mesmo instante recuou alguns passos, miando em desespero.