Imagines- Boku No Hero Boys ♡

𝐇𝐚𝐧𝐭𝐚 𝐒𝐞𝐫𝐨- 𝐀𝐩𝐨𝐬𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐚̃𝐨

   O dia de aulas chegou ao fim, finalmente, hoje foi bem puxado. Atravessei o gigantesco portão olhando distraidamente para uma ave que passou voando por nós, até ouvir a voz da Jirou.

   Jirou: Bem que podíamos passar em algum lugar para tomar um milkshake, né?! -Perguntou mexendo no fone da orelha.

   Momo: Eu apoio, conheço um ótimo lugar.

   Uraraka: Eba! Eu amo milkshake, também topo.

   Tsuyu: Geralmente eu volto direto para a casa, gero. Mas se eu avisar a minha mãe ela deixa.

   Hagakure: Eu tô dentro! E você, S/N?

   Mina: Ah, ela vai sim, não vai?! -Me olhou com um olhar ameaçador.

   — É... eu vou sim. -Respondi tentando pegar a minha garrafa no bolso da mochila.

Mas eu não consegui.

Cadê a minha garrafa?

   — Meninas! -Atrai a atenção delas para mim- Eu acho que esqueci a minha garrafinha na sala, vocês esperam eu ir lá buscar? -Todas assentiram- Certo, eu já volto.

   Voltei correndo o mais rápido possível para a sala, o que não foi difícil já que a minha individualidade é super velocidade.

   Ajeitei meu cabelo antes de abrir a porta da sala. O bom é que a garrafa está bem em cima da minha mesa, mas na mesa ao lado, Hanta Sero está com a cabeça encostada preguiçosamente em seus braços.

Ah não.

   Não sei bem o motivo, mas nós somos quase como rivais. Desde o primeiro dia ele implica comigo, eu implico de volta, é assim que funciona há um bom tempo. Não querendo causar nenhuma intriga, pego a garrafa silenciosamente e me preparo para ir embora.

   Mas você vai deixar ele ficar e dormir na escola, S/N? Eu esperava mais de você.

Cala a boca, consciência.

Droga!

   Respirei fundo criando coragem para acordá-lo. Como eu faço isso? Cutuco ele? Balanço ele? Derrubo ele da cadeira?

   A última sem dúvidas é a minha favorita. Mas se eu fizer isso ele vai me odiar pelo resto da vida.

Eu não gostaria disso.

Mas ele fica tão fofinho dormindo.

Foco, S/N.

   Para evitar confusão, cheguei mais perto e apenas mexi em sua cabeça, esperando que ele acorde. E que cabelo macio, meu Deus.

   Eu mexeria nesse cabelo o dia todo, se pudesse.

   Sero: Usou a ideia de eu estar, supostamente, dormindo para mexer no meu cabelo? -Perguntou, levantando a cabeça dos braços.

   Me afastei uns quatro passos pelo susto, esse idiota não estava dormindo?

   — Então você... você não estava... é... -Não consegui terminar a frase, ele realmente me assustou.

   Sero: Não. -Sorriu. Mas não foi um simples sorriso, foi o sorriso que dizia "Você foi boba o bastante para cair na pegadinha e agora eu tenho algo para usar contra você."- Se você queria mexer no meu cabelo era só pedir.

   — Eu não queria mexer no seu cabelo! -Respondi. Não é mentira, mas também não é totalmente verdade.- Eu fiquei com dó de "ver você dormindo" -fiz aspas com o dedo- na escola enquanto todo mundo já foi embora, pensei que fosse passar a noite na escola.

   Sero: Ok... mas mesmo se eu estivesse dormindo, por que você me acordaria? Eu pensava que você me deixaria aqui para zombar de mim no dia seguinte. -Falou colocando os braços nos quadris

   — Isso é realmente algo que eu faria. -Coloquei a mão no queixo, como se estivesse pensando- Eu não sei, acho que eu queria só fazer a boa ação do dia.

   Sero: Ah... eu achei que você já se importava comigo nesse nível. -Fez uma voz e cara falsa de tristeza.

   — Não! Como eu disse antes, era só uma boa ação.

   Sero: Tem certeza disso? -Estreitou os olhos, como se estivesse desconfiado de mim.

   — Tenho. -Desviei os olhos, não querendo encarar a intensidade com a qual ele me olhava.

   Sero: Hm... pois eu aposto que não. -Antes que eu respondesse ou qualquer outra coisa, Sero passou a fita pela minha cintura, me puxando para a sua direção em seguida.

   — Eu... é... -Rápido, pensa em alguma coisa- Você pode me soltar...? As meninas estão me esperando lá embaixo, só vim aqui buscar a minha garrafa.

   Sero: Por que elas estão te esperando? Vocês vão sair? -Perguntou enquanto colocava a mão na minha cintura. O que me causou arrepios.

Mas eu jamais admitiria isso para ele.

   — S-Sim, vamos tomar milkshake. -Respondi tentando regular a respiração novamente.

   Sero: Então por que não vamos em algum lugar depois das aulas amanhã? Só nós dois.

Ok... eu nunca cheguei nessa parte. O que eu faço agora?

Só responde alguma coisa, merda.

   — É, sim, beleza, pode ser.

Uau...

Ele não pediu uma lista de palavras de afirmação, S/N.

   Acho que ele notou meu nervosismo, pois alguns milésimos depois esse idiota estava rindo.

   E por que a risada dele é tão gostosa?

   Sero: Bom... era só ter dito um simples "Sim", mas eu também aceito "É, sim, beleza, pode ser." -Riu de novo- Você até que é divertida, garota.

   Me encarou, não sei se esperando uma resposta ou não, então apenas fiquei quieta.

   E aqui está, de novo. A intensidade do olhar dele, parece que está me sufocando. Tentei virar o rosto como fiz antes mas ele segurou a minha bochecha, impedindo isso.

   Nos encaramos pelo que pareceram horas, antes do Sero quebrar esse silêncio.

   Sero: Certo, não quero te segurar mais. As meninas estão te esperando, né? -Assenti- Então até amanhã. -Chegou mais perto do meu ouvido- Aguardo ansiosamente pelo nosso encontro. -Voltou a me olhar, roubando um selinho dessa vez.

   Antes de entender o que aconteceu, escutei a porta fechando. Ele me beijou. Ele me beijou!

Meu Deus, ele me beijou.

   Tá, foi só um selinho. MAS ACONTECEU. Certo, S/N... mantenha a calma, não foi nada demais, amanhã vocês conversam sobre isso.

Meu Deus a gente tem um encontro amanhã.

   Respirei fundo tentando não surtar, esperando um pouco para esfriar as bochechas, que só percebi agora estarem pegando fogo.

   Corri até a janela da sala e vi o Sero indo embora, passando pelas meninas e dando tchau a elas. Como ele consegue fingir que nada aconteceu assim?

   Continuei olhando até ele estar longe o bastante e voltei o mais rápido que pude lá para baixo.

   Momo: Você demorou, S/N. Estávamos ficando preocupada.

   Tsuyu: Sim. Estávamos até decidindo quem iria te procurar, gero, mas o Sero passou por aqui e disse que você estava lá na sala ainda. Gero.

   — É... a garrafa estava em baixo da cadeira, demorei até perceber isso. Eu só fiquei um pouco... enrolada. -Falei tentando não lembrar da sensação das fitas do Sero na minha cintura.

Controle-se!

E temos um encontro amanhã!

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