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Quatro meses depois.

KITANA TENÓRIO

Eu e o Pedro estávamos no cartório. Eu observei o papel que mudaria a minha vida para melhor e segurei a mão do meu noivo, que apertou a minha e acariciou as costas da minha mão com o dedão. Nós dois nos entreolhamos e trocamos sorrisos nervosos. A minha irmã e o irmão do Pedro seriam as testemunhas do casamento.

No final da folha, havia um espaço para os noivos assinarem, os pais dos noivos assinarem, as testemunhas assinarem e o oficial do cartório assinar. O cartório estava decorado de forma simples, com algumas flores naturais e um pequeno altar improvisado, que eu achei fofo.

— Senhor Pedro González, você aceita a senhora Kitana Tenório como sua legítima esposa, para amá-la e respeitá-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de suas vidas? — o oficial do cartório questionou. Ele nos observou por baixo dos óculos de grau e o meu noivo assentiu.

— Eu aceito. — Pedro respondeu. O oficial do cartório assentiu e continuou a falar. O meu noivo estava com lágrimas nos olhos e um sorriso bobo em seus lábios.

— Senhora Kitana Tenório, você aceita o senhor Pedro González como seu legítimo esposo, para amá-lo e respeitá-lo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de suas vidas? — o oficial do cartório questionou para mim. Um sorriso bobo surgiu nos meus lábios e eu não prendi as minhas lágrimas de escorrerem dos meus olhos.

— Eu aceito. — eu respondi. O oficial sorriu e continuou com a cerimônia, lendo os termos legais enquanto eu e o Pedro nos encarávamos emocionados, sem prestar mais atenção no que o homem dizia.

— Pelos poderes conferidos a mim, declaro-os marido e mulher. Pedro, você pode beijar a noiva. — o oficial disse. O meu noivo e eu nos olhamos por um momento antes de ele segurar gentilmente o meu rosto e selar os nossos lábios com um beijo suave. Os convidados aplaudiram e nós sorrimos bobos durante o beijo.

Eu estava finalmente casada com o amor da minha vida.

Depois de tantos acontecimentos, ruins e bons, depois de tantas desavenças e de tantos momentos que fizeram com que eu me apaixonasse por ele, isso finalmente se concretizou. Eu esperei tanto por isso, eu esperei pelo momento em que nós dois estaríamos maduros o suficiente para termos algo sério, para construirmos a nossa família feliz e saudável.

Ainda teria uma pós-festa depois daqui com todos os nossos amigos e familiares.

(...)

Cinco dias depois.

— Noémie, tem certeza que você e o Ferran vão conseguir cuidar do Henri, da Ravenna e da Nitara? Eu não quero perturbar vocês. — eu disse à minha prima. A minha pequena estava no meu colo enquanto eu balançava-a calmamente. Pedro estava explicando as coisas para o Ferran, já que eles precisariam saber tudo. Eu e o meu marido ficaremos quinze dias fora e os padrinhos da Nitara deveriam saber tudo. Os padrinhos do Henri acabaram sendo a Mileena e o Fernando.

— Tenho, prima. Vai viajar em paz, não é como se vocês fossem voltar e vissem a casa toda pintada de canetinha. — a morena respondeu calmamente. Eu soltei um suspiro e assenti.

Dada. — Nitara disse. Ela estava olhando para trás de mim e tentou pular do meu colo. Eu arregalei os meus olhos e acompanhei o seu olhar, percebendo que ela estava encarando o próprio pai. Pedro arregalou os olhos, assim como eu, e fez um bico. Seus olhos encheram de lágrimas.

kitana², pedri gonzález. Where stories live. Discover now