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KITANA TENÓRIO

Eu entrei no banco do carona do Porsche Cayenne do Pedro enquanto uma música aleatória do Quevedo tocava. Nós resolvemos conversar sobre o que faríamos agora que ele estava tratado de sua dependência emocional em mim. Eu queria saber se ele realmente me amava de volta ou se era somente a dependência que falava mais alto.

Eu esperava que fosse a primeira opção.

— E então? — eu perguntei. Pedro estava atento nas ruas da cidade, que estavam vazias pelo horário tardio. A tela de bloqueio do meu celular mostrava que já passavam das duas horas da manhã. — Eu quero que seja sincero comigo e com você.

— Eu tenho um carinho muito grande por você, Kitana. — González disse. Ele me encarou brevemente e umedeceu seus lábios. — Você é a mãe do meu filho, foi uma mulher que fez com que eu aprendesse muitas coisas e sempre confiou na minha evolução, mas...

Ah, sempre terá "mas".

— O quê? — eu perguntei. Engoli em seco, sabendo que a resposta que eu receberia a seguir não seria a que eu gostaria. Quando a pessoa gostar de você, ela não terá dúvidas sobre o que ela sentir.

— Mas eu acabei de me acostumar com a minha solitude, eu aprendi a lidar com os meus sentimentos agora e não sei se quero entrar em um relacionamento novamente, muito menos me envolver com ninguém, pelo menos atualmente. — Pedro continuou. — Eu gosto muito de você, mas só gostar não é o suficiente. Você pode viver a sua vida normalmente, pode sair com outros caras, eu não quero ficar te prendendo.

Senti o meu peito doer e engoli em seco, segurando uma lágrima de escapar dos meus olhos. Fiquei encarando as minhas mãos e o moreno apoiou a mão dele na minha coxa, fazendo carinho nela.

— Eu não quero outros caras, Pedro. — eu fui sincera. O moreno pareceu surpreso e tirou a mão da minha coxa, levando até a mandíbula e coçando. — Você sente raiva de mim? Por tudo que eu te fiz passar?

Talvez eu estivesse me humilhando, mas eu só queria deixar tudo claro.

— Não, Kie. Isso já passou. — o moreno disse desesperado. Ele levou uma das mãos até o meu queixo e levantou a minha cabeça, fazendo com que eu encarasse os seus olhos escuros. — Eu também errei, então não tenho motivo de ficar puto com você, isso seria hipocrisia da minha parte. Eu te amo, mas acabei de curar uma ferida do passado e preciso tirar um tempo para mim.

Meus olhos claros observaram os seus olhos escuros e eu nem percebi que nós paramos em um acostamento. González acariciou a minha mandíbula com o dedão e os meus olhos desceram até os seus lábios, onde eu aproximei os meus, mas depois afastei-os, escaldada.

Pedro me puxou pelo pescoço e juntou as nossas bocas em um selinho, logo depois ele esfregou os nossos lábios de forma superficial e os nossos narizes se acariciaram. O moreno finalmente juntou as nossas bocas e eu senti o meu corpo derreter. As nossas línguas se encontraram e uma das mãos dele foi até a lateral do meu corpo, onde ele apertou o meu quadril e depois a minha cintura.

— Sempre quando a noite vier e você quiser alguém, você pode me ligar. — eu murmurei quando afastei as nossas bocas brevemente. González balançou a cabeça em negação quando eu tentei beija-lo novamente.

— Eu não quero te machucar. — o homem respondeu. Um sorriso fechado surgiu nos meus lábios e eu balancei a cabeça em negação, acariciando a sua mandíbula com o meu dedão. Eu mordi o meu lábio inferior, fazendo com que o moreno encarasse-os.

— Relaxa. Você não vai me machucar. — eu respondi. — Eu também não estou pronta para um relacionamento sério.

Pedro encarou o fundo dos meus olhos e umedeceu os seus lábios, ele assentiu e voltou a me beijar. Eu levei a minha mão até a sua nuca e puxei os seus fios de cabelo, intensificando o nosso beijo. González me puxou para o seu colo, eu me ajeitei em seu colo e rebolei de propósito, fazendo com que ele cravasse os seus dedos na minha bunda e puxasse o ar pela boca, enquanto seu cenho estava enrugado e a sua cabeça estava deitada no encosto do banco.

kitana², pedri gonzález. Where stories live. Discover now