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KITANA TENÓRIO

Acho que com tudo que aconteceu ultimamente, eu não consigo mais me sentir bem, tanto na mente, quanto no corpo. Estou extremamente cansada psicologicamente por causa da internação da minha mãe e além disso, sinto dores pela minha coluna e seios e dores de cabeça constantes. Acho que agora eu tenho enxaqueca.

Não, eu não estou grávida. Eu tomei a pílula do dia seguinte depois que eu e o Pedro transamos.

Mas agora eu sou uma adulta e preciso ter responsabilidades. Não posso faltar o meu trabalho porque eu estou passando mal. Vim ao hospital onde estou fazendo o final da residência de psiquiatria e agora eu estava na sala de repouso dos médicos, esperando o maldito remédio fazer o efeito.

Henri sairia da creche e entraria na escola em setembro, já que ele acabou de fazer três anos e já pode começar a estudar. Ele cresceu tão rápido...

Sarah e Mateo sentaram ao meu lado e soltaram suspiros frustrados. Os dois abriram as bocas ao mesmo tempo e se encararam com os olhos semicerrados. Eu sabia que eles pediriam conselhos para mim.

Nem eu sei o que estou fazendo com a minha vida, mas é aquilo né? Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.

— Um de cada vez. — eu disse. Mateo revirou os olhos e mandou a Sarah falar primeiro. Como eu conheço ele, ele fez isso pelo cavalheirismo.

— Se um cara chegasse em você e dissesse que te ama, que quer ter uma família com você e quer casar com você, mas em um dia qualquer você pega ele com uma puta loira, você reagiria normal ou surtaria? — Sarah questionou em um tom de voz alfinetado. Mateo soltou uma risada nasal e curta escarnida, balançando a cabeça em negação.

Ah, já me ocorreu.

— Eu surtaria, para ser sincera. — eu respondi. A ruiva direcionou um "viu?" para o ficante. — Ele prometeu algo e fez outra coisa. Se o cara não quisesse algo sério comigo desde o início, era só ele ter dito.

— Mas você surtaria de arrastar a cara da garota no asfalto? — Mateo perguntou abismado. Eu gaguejei e balancei a cabeça em negação, me contradizendo. Apesar de não ter feito isso no passado, foi a minha vontade. — Sarah, pelo amor de Deus... Você é maluca!

Fé nas malucas.

— Eu sou maluca? — a ruiva perguntou indignada. A minha amiga me encarou na esperança de que eu defendesse-a do ficante dela, então eu somente movimentei os meus ombros para cima e para baixo, evitando expor minha opinião. Ela era meio maluquinha.

— Meu advogado não me permitiria responder essa pergunta. — eu disse em um tom de voz brincalhão. Logo depois soltei um suspiro e massageei a minha têmpora, ainda sentindo a dor de cabeça martelar o meu cérebro. — Olha, eu não quero me intrometer em uma situação delicada como essa, ainda mais que vocês dois são meus amigos... Entretanto, eu gostaria que tivessem me avisado ou avisado ao meu ex quando foi a nossa vez. Se não está dando certo, só sigam a vida de vocês. Não insistam com algo que está explícito que não dará certo, isso só vai fazer mal a vocês dois.

— Mas eu não quero perder a Sarah. — Mateo respondeu. A ruiva encarou ele surpresa e esperançosa pelo o que ele disse, mas eu rapidamente cortei as suas asas para que ela não se iludisse.

— Você não quer perder o sexo disponível para você, na verdade. — eu corrigi-o. A expressão da minha amiga murchou e ela assentiu, concordando comigo. — Enfim, agora é com vocês, eu preciso ligar para a babá do Henri para saber se ele está bem. Licença.

kitana², pedri gonzález. Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin