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PEDRI GONZÁLEZ

Ferran me perseguiu pelo centro de treinamento enquanto implorava para que eu fizesse a ponte entre ele e a Noémie. Eu simplesmente me afastava toda vez que ele entrava nesse assunto e agora nós estávamos parecendo o Tom e o Jerry.

Uma semana se passou após eu terminar com a Skarlet e ela não mandou mensagem desde então, ela tem me ignorado quando eu pergunto sobre o nosso filho e se ela precisa de alguma coisa, mas de qualquer forma eu insisto, já que não quero ser um pai ausente.

— Vamos analisar os prós caso você faça a ponte entre mim e a Noémie. — o meu melhor amigo começou novamente. Eu bufei e revirei os olhos, indo para o outro lado do campo que nós estávamos treinando. Ferran novamente me perseguiu. — Nós poderemos sair de casal juntos.

— Eu não namoro a Kitana. — eu respondi. Infelizmente não. — Porra, se você quiser pau, você me olha. Se você quiser ovo, você disfarça.

— Mas já transou com ela desde que ela voltou de Paris. — Ferran relembrou, colocando a mão na boca. Eu não entendi o porquê até ver o celular da Sarah, a menina do marketing, apontado para a gente. Um sorriso maroto surgiu nos meus lábios e eu cocei a minha mandíbula. — Quero os dois e agora?

Eu estalei a língua e revirei os olhos.

— Isso são só detalhes. Eu não acho que ela queira algo sério comigo, pelo menos não por agora. — eu respondi. Torres me encarou com pena e eu encarei ele confuso. — O que foi? Ficou maluco?

— Igual a sua outra cunhada? Nunca. — Tubarão respondeu humorado. Eu soltei uma risada nasal e balancei a cabeça em negação. — Enfim, faz aquilo por mim, mano. Eu prometo que se você fizer, eu vou limpar a sua barra por um ano e vou cuidar do Henri quando você e a personagem de Mortal Kombat quiserem praticar atos não permitidos para maiores de dezoito anos.

Encarei o meu melhor amigo rapidamente e ele abriu um sorriso malicioso.

— Preciso me aproximar da Noémie e isso vai demorar... Eu acho que ela me odeia tanto quanto te odeia. — eu disse. O mais velho semicerrou os olhos na minha direção e eu movimentei os meus ombros de cima a baixo.

— Você acha que isso vai dar certo? — ele me encarou nervoso. Ferran era um tosco quando estava apaixonado, mas dessa vez ele vacilou para caralho.

— Não. — eu respondi sendo sincero. A expressão facial do meu melhor amigo murchou e eu bati nas suas costas. Todos sabiam que eu tinha uma boa lábia e conseguia convencer qualquer um, mas eu tinha as minhas dúvidas com a Noémie, já que ela parecia ser idêntica a Kitana em personalidade.

Falando nisso, eu nunca esqueci de quando o filho da puta do Ferran disse que gostava dela. Às vezes desconfio dele, porque, bom... A Kitana e a Noémie eram iguais tanto de aparência quanto de personalidade, e se ele estava usando a prima da minha mulher para superar ela? Eu mataria-o se esse fosse o caso.

— Para de ser pessimista, cara. — Ferran reclamou. Eu enruguei a minha testa e encarei o meu melhor amigo.

— Não estou sendo pessimista, mano, estou sendo realista. — eu respondi. — Se a Noémie te odeia agora é porque tem um motivo e até você sabe o porquê.

(...)

Eu saí do meu carro para buscar o Henri na creche enquanto a Kitana esperava dentro do automóvel. A mulher que ficava na porta abriu um sorriso de orelha a orelha para mim e eu sorri de forma amigável na sua direção.

kitana², pedri gonzález. Where stories live. Discover now