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PEDRI GONZÁLEZ

Kitana estava servindo o vinho francês para nós dois enquanto eu cortava os pedaços do queijo gorgonzola e colocava em uma bandeja. Encarei a Tenório ao mesmo tempo que ela me encarou. A morena mordiscou o lábio inferior sem nem ao menos perceber e me entregou a minha taça.

Eu agradeci e lavei a minha mão na pia. Kitana pegou dois palitos e espetou nos cubos de queijo.

Ela estava vestida com um vestido preto e curto, as mangas eram longas e no busto, onde mostrava o volume dos seios, era decotado. A gola do vestido era alta e a manga conectava com o pescoço. No final da manga, era mais solto. Nos pés, ela usava um tênis branco e básico.

— E então... Como foram os anos em Paris? — eu perguntei bem humorado. Kitana soltou uma risada nasal e pegou as taças com vinho, enquanto eu peguei a bandeja com queijo. Guiei ela até o meu quarto e a Ravenna nos seguiu, mas eu fechei a porta antes que ela entrasse.

A Kitana nem percebeu. A francesa estava ocupada demais, analisando todo o meu quarto e colocando as taças nos porta-copos da mesa de cabeceira suspensa ao lado da minha cama.

— Foram estranhos. — ela contou. Ela estava de costas para mim e eu coloquei a bandeja com os cubos de queijo em cima da cama. Meus olhos desceram até a bunda dela, mas subiram rapidamente quando ela se virou para mim. Kitana sentou na cama e apoiou as mãos atrás dela enquanto me encarava. Porra. — A especialização de psiquiatria só tinha gente maluca. Eu me senti em um hospício e também, muitas pessoas da minha sala chegavam na aula cheirando à maconha.

— Normal. Esse pessoal que estuda a mente humana sempre fuma um baseado. — eu brinquei. Kitana me encarou ofendida e eu ri. Peguei a taça dela com vinho de cima da mesa de cabeceira e entreguei a ela, enquanto bebia o meu. — Você também fuma, Kie, não adianta negar.

A morena movimentou os ombros para cima e para baixo e alinhou os lábios. Era óbvio que ela ainda fumava.

— Não sou a única a fumar algo aqui. — Kitana apontou com o nariz na direção da cômoda que tinha abaixo da televisão do meu quarto, onde um POD estava ali. — Bom, nós íamos conversar sobre o que aconteceu, não íamos?

Não era o que eu pretendia.

— Sim. — eu respondi. Me aproximei da mulher e levantei a cabeça dela pelo queixo, fazendo com que eu pudesse assistir as suas pupilas dilatarem lentamente. Ela umedeceu os próprios lábios e mordiscou o lábio inferior enquanto me encarava inocentemente. — Sinto muito por não ter te esperado. Você não saiu da minha mente em nenhum momento.

Eu murmurei em um tom de voz rouco e um sorriso maroto surgiu no canto dos lábios dela.

— Claro, até porque você estar com outra não significa nada. — Tenório respondeu no mesmo tom de voz. Ela levou a taça de vinho até a boca e bebeu um gole generoso.

Seus peitos e bunda cresceram após a gravidez. Era por isso que a Kitana estava diferente e muito mais gostosa.

— E não significa. — eu respondi. Levei a taça de vinho até a minha boca e virei tudo, sentindo o gosto amargo explodir no interior da minha boca. — Eu prefiro você.

Uma risada gostosa saiu dos seus lábios e ela ajeitou o cabelo, jogando-o para o lado. Peguei a taça da mão dela e coloquei as nossas em cima da mesa de cabeceira junto com a bandeja com queijo. Eu preenchi o meio de suas pernas enquanto ela me encarava com seus olhos de sereia.

kitana², pedri gonzález. Onde histórias criam vida. Descubra agora