kitana², pedri gonzález.

00.

Seis meses após
a ida da Kitana.
🇪🇸

KITANA TENÓRIO

Henri era tão lindo. Eu estava apaixonada pelo bebê que saiu de mim. Ser mãe era uma sensação indescritível. Eu não vivia mais para mim e sim para o meu filho.

O meu filho com o camisa oito da equipe Blaugrana nasceu em Barcelona, já que o pai dele queria presenciar o parto. Isso fazia um mês. Em dois meses iriamos embora de Barcelona para voltarmos à Paris.

Bom, eu devo admitir que o Henri era a cara do pai dele, mas pelo menos ele tinha as minhas sardas, covinhas e cor dos olhos. O resto das características dele era tudo do pai.

Eu acho isso uma sacanagem para ser sincera. Eu carreguei o meu filho no útero por nove meses e ele nasceu a cópia do pai dele! Pelo menos a personalidade era a mesma que a minha, mas eu não sabia se isso me deixava feliz ou preocupada.

Henri não dava nenhum trabalho, era muito calmo... Mas eu sabia que bebês que são calmos e não dão trabalho algo, quando crescem dão mais trabalho do que doze crianças juntas depois de comerem algo doce. Era isso que eu tinha medo. Espero que o meu filho continue assim quando crescer.

Ele parecia um bonequinho de porcelana. Os seus cílios eram enormes, pareciam até falsos. Os seus lábios eram carnudos, as suas sardas deixavam-o mais delicado e as suas bochechas rechonchudas eram avermelhadas. O nariz dele era igual ao do pai. As suas sobrancelhas eram grossas.

Lindo. Detalhadamente e perfeitamente lindo.

Eu pari uma obra de arte. Quando ele crescesse, eu deveria tomar cuidado com as garotinhas ao seu redor. Entretanto eu sabia que o pai dele criaria-o de outra forma. Nem todo pai, mas sempre um pai.

(...)

Henri estava dormindo no quarto dele, enquanto eu e o Pedro viemos fazer algo para comermos. Mas no momento estávamos nos encarando fixamente e eu sentia que à qualquer momento eu fosse infartar.

Umedeci os meus lábios e encarei a boca do moreno enquanto tentava me controlar. Pedro estava cada vez mais aproximando o seu rosto do meu e eu não sabia o que fazer. Por um lado eu sentia que era para eu retribuir, mas por outro eu sentia que era para eu nega-lo.

Mas a pergunta que não quer calar é: quem tem coragem para negar o Pedro González?

Senti o meu coração acelerar e caminhei para trás, acabando por encostar o meu cóccix na bancada da cozinha. Não tinha mais saída, mas eu sabia que eu não queria fugir.

González me puxou pelo pescoço e encostou os nossos lábios em um beijo lento e gostoso. Havia muita saudade em um simples toque de bocas, de ambas as partes. O homem introduziu a língua dele na minha boca e as nossas línguas lutaram entre si.

A mão dele apertou o meu pescoço na medida certa e eu afastei as nossas bocas milimetricamente, soltando um suspiro manhoso. As minhas mãos estavam no pescoço dele. A mão livre dele foi até a minha bunda e quando isso aconteceu, eu tive um toque de realidade. Afastei o Pedro pelo peitoral e engoli em seco.

— Não era para isso acontecer. — eu murmurei. O homem soltou um suspiro, me encarou fixamente e assentiu com os lábios alinhados. — E-eu... Eu sinto muito por ter aceitado. Eu não sei onde eu estava com a cabeça... Eu não quero te confundir, Pedro. Eu não quero que pense que isso irá para frente, porque não vai. Desculpa. Desculpa. Desculpa. — eu repeti diversas vezes totalmente nervosa.

— Está tudo bem, Kie. — Pedro forçou um sorriso na minha direção. — Amigos?

— Amigos. É... Isso, somos só amigos! — eu respondi. Eu sentia as minhas mãos suarem frio. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo... Na verdade sabia. — Somos amigos pelo nosso filho. Não passará disso.

— Claro. Tudo pelo Henri. — o moreno disse de forma brincalhona, mesmo que ele estivesse falando sério. Eu soltei uma risadinha.

— Papais do ano! — eu brinquei de volta para deixar o clima menos pesado. Pedro riu, fazendo com que os seus olhos quase fechassem e eu observei o gesto com um sorriso fechado e forçado nos meus lábios.

Ele ainda mexia comigo e isso era óbvio.

Porra!

—# 🎭²

PRÓLOGO FOI LANÇADOOOO!!!

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