Ana! – Chamei-a.
— Sim, irmã? – Ela cobriu a cabeça com o lençol.
Acorda moça, aquela floricultura não abre sozinha.
— Ah não. Deixe-me dormir mais um pouquinho.
— Não, não.
Ela me encarou toda descabelada, sentou-se sobre a cama e coçou a cabeça.
— Tudo bem, tudo bem.
Ontem foi um bom começo, conseguimos vender bem.
— Pois bem, já estou saindo, não se esqueça de fechar bem a casa. Tenha um bom dia.
— Tenha um bom dia. — Ela bocejou.
Peguei o mesmo ônibus do dia anterior e sentei-me no mesmo lugar.
Logo, solicitei a parada, e desci.
Saí apressada para atravessar a rua enquanto o sinal estava vermelho e passei quase correndo.
Pelo vidro espelhado do edifício, dei uma leve olhada geral no meu visual.
Dessa vez era um vestido cor-de-rosa com a barra de renda.
Coloquei meu crachá e entrei na empresa, dei bom dia aos funcionários da recepção e aos seguranças.
Peguei o elevador com um frio na barriga e subi até o meu andar, que ficava no quinto piso.
Talvez um dia eu me acostume com os elevadores, mas esse dia, definitivamente, não é hoje.
— Bom dia Sarah. – Teresa soltou um sorriso e entrou no elevador.
— Bom dia, Srta. Teresa.
Caminhei até minha mesa e me sentei.
Liguei o computador e abri no meu e-mail profissional.
Muito bem Ana! Os nossos clientes amaram os resultados do seu trabalho de ontem. Continue assim!
Meus olhos brilharam ao receber essa mensagem.
Talvez Teresa falasse isso a todos os novos funcionários, para que se sentissem mais determinados e seguros.
Depois de um longo dia de trabalho, recebendo e enviando demandas para o chefe do setor, levantei-me da cadeira para ir para casa.
Peguei o elevador e desci até o primeiro piso, ainda com frio na barriga.
Elevadores sem dúvida não eram o meu forte.
Dei tchau aos seguranças e aos funcionários de limpeza e saí pela porta principal.
O pôr do sol na cidade até que era bonito. Quando o sol começava a se pôr, os altos edifícios espelhados refletiam uma cor alaranjada.
Peguei o ônibus e fui em direção à floricultura.
Quando cheguei, Ana estava de pé em cima de uma escadinha, colocando alguns jarros pendentes na loja.
O movimento na floricultura não era muito, mas como no dia anterior, necessário para nos fazer cansar.
Nós fomos para casa, sorrindo pelo caminho das coisas engraçadas do dia-a-dia.
Em casa, apenas tomamos um chá com torradas.
***
Bom dia Sarah. — Teresa sorriu ao me ver, e me entregou um convite. — Espero que compareça.
Li "party", e antes que ela pudesse sair, eu tentei segurar o elevador, desengonçada.
— Ah... Bom dia Srta. Teresa, é que... Eu não gosto de festas. Então talvez não dê para eu ir.
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OLHOS DO DIA [LIVRO 1]
RomanceSarah é uma mulher gentil, e dona de um gigantesco coração. Aos 24 anos tudo o que estava em seus planos era viver sua vida pragmática e rotineira ao lado de sua irmã mais nova Ana, em uma nova cidade e em seu recente emprego. Mas as coisas não saem...