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Abril de 2009
Harry Potter: 28 anos
Draco Malfoy: 28 anos

A solução indicadora de Malfoy para Wood Eye Bleach funcionou perfeitamente. No entanto, os problemas de Harry com o Departamento de Aurores persistiram. Harry não queria reclamar com ninguém, então não fazia isso, exceto Malfoy, apenas de vez em quando. De qualquer forma, a maioria das pessoas não entendia a complexidade de seus casos, e aqueles que entendiam, como Savage e Ron, também eram parte do problema. E então havia o Auror Vance.

O Auror Vance sempre foi um pé no saco para Harry, mas principalmente porque ele era incompetente e preguiçoso. No entanto, durante o ano passado, ele ficou irracionalmente obcecado com a devida diligência e o protocolo adequado, especialmente quando se tratava dos casos de Harry.

— Vance nem deveria estar olhando seus casos, — Ron reclamou.

— Robards está pedindo que ele processe a papelada de todo o Departamento, — Harry explicou, tentando ser paciente.

— Mas por que? — Ron havia dito. — Ele é um Auror de campo! Ele não deveria estar em campo?

Harry não se incomodou em explicar novamente que Robards gostava que as coisas fossem feitas do seu jeito e que eles estavam condenados a lidar com Vance no futuro próximo, não importa o quão obstrutivo ele fosse. No entanto, quando Vance começou a meter o nariz na consulta de poções com Malfoy, Harry ameaçou, pela primeira vez em sua carreira de Auror, recorrer a uma autoridade superior.

Harry nunca gostou de usar o fato de ser amigo pessoal do Ministro Shacklebolt para sua própria conveniência, mas Vance havia ameaçado Malfoy. O único recurso de Harry era ameaçar Vance em troca, e ele fez isso, mas Vance, é claro, não gostou disso. Ele iria direto para Robards, e isso tinha o potencial de ficar feio, principalmente porque Robards nunca gostou do conselho de Malfoy, para começar.

Isso tinha o potencial de ficar muito feio.

Depois de discutir com Vance, Harry aparatou diretamente do escritório do Auror para a sala de Malfoy.

Malfoy não estava lá.

— Porra, — Harry murmurou.

— Você chamou? — disse uma voz sensual, só que não era sensual. Era Malfoy, e ele provavelmente estava chateado, porque sempre ficava quando Harry o visitava.

De qualquer forma, isto não foi uma visita. Harry tinha coisas importantes para discutir.

— A que devo esse prazer? — Malfoy estava encostado na porta, o que parecia ser um de seus passatempos favoritos. Ele estava parado na porta do andar de baixo, que levava à Loja de Caldeirões de Potage, e parecia bem. Com o passar do tempo, as roupas de Malfoy pareciam um pouco mais bonitas do que da última vez; o cabelo, um pouco mais brilhante; seu rosto, um pouco mais cheio. Merda. Parecia bom demais.

— Eu sei que tenho um bom olho, — disse a voz lacônica de Malfoy, — mas você tem uma poção que eu deveria identificar ou não?

— Não, — disse Harry.

As sobrancelhas preguiçosas de Malfoy se ergueram.

— Cecil Vance veio ver você, — disse Harry.

— Oh, meu querido Potter, — Malfoy fingiu preocupação, — eu não tinha ideia de que havia prometido a você serviços exclusivos.

— Pare com isso, — Harry retrucou, porque Malfoy continuou fazendo isso. Ele continuou fazendo isso, as provocações preguiçosas, aquela voz baixa, os sorrisos e os olhares astutos. Ele fazia isso cada vez mais, cada vez mais, e Harry não aguentava. Ele não podia tolerar isso.

AWAY CHILDISH THINGSWhere stories live. Discover now