𝗕𝗢𝗥𝗡 𝗧𝗢 𝗗𝗜𝗘 : 𝗍𝖺𝗋𝖺 𝖼𝖺𝗋𝗉𝖾𝗇𝗍𝖾𝗋 ੭

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏𝗌𝖾𝗏𝖾𝗇𝗍𝖾𝖾𝗇

── Parece que vou precisar matar mais um irmão!

── É igualzinha ao papai… - Ele riu, aproximando mais a faca de seu rosto. ── É pior que ele, na verdade, não é só uma assassina… é uma psicopata que merece morrer!

── Não sabe nada sobre mim!

Mais uma facada, um pouco acima de seu estômago, quase em seu coração. A ruiva cospe mais sangue, suas pernas fraquejando.

Mesmo assim, lutou. Hawke mordeu fortemente o braço que estava a deixando presa, tirando a faca de sua mão enquanto era empurrada contra a grade baixa que a evitaria de cair da grande altura.

── Filha da puta! - Gritou o loiro, segurando-a contra a grade.

Trincando o maxilar, chutou um dos joelhos dele, batendo em seu rosto com a parte de trás da faca assim como fizeram com ela.

── E o que vai fazer?! Me matar?!

Ele fechou os olhos, estava de joelhos no chão assim como seu pai naquela noite. Victoria até deu alguns passos para trás, o quanto era possível, ainda estava perto demais daquela grade. Não conseguiu ficar de pé por muito tempo, sentiu um forte aperto no peito que fez a mesma se ajoelhar também.

Danny riu, riu como louco, apenas chegando mais perto da mais nova.

── Se eu vou morrer, você também vai… - Sussurrou.

E rapidamente, segurou o pulso dela, apertando cada vez mais. Porém, ela ainda foi mais rápida, cravando a lâmina em seu olho antes de empurrá-lo e tentar se soltar. Naqueles poucos segundos de consciência que restavam ao homem, fez o que tanto prometeu, ou tentou.

Antes de Hawke, realmente, jogá-lo do segundo andar, ele a segurou mais forte, assim a puxando para a queda junto dele.

Caíram sobre os mostruários de vidro, sem tempo de Tori tentar se segurar em algum lugar, ou sequer começar a lutar novamente. Bateu fortemente a cabeça no chão, seu rosto coberto de mais sangue e mais arranhões, além dos milhares de cacos de vidro e ossos que tinha certeza ter quebrado.

Danny está morto e, aos pouquinhos, Victoria também podia sentir que estava.

Quinn estava em choque, seu rosto gritava o arrependimento e toda a dor que sentia, mas era tarde demais. Samantha nem hesitou, atirou bem em sua testa, assistindo seu corpo morto cair no chão e o silêncio se instalar.

Tara estava congelada em frente ao corpo de Hawke, não sabia se tentava fazer algo ou se esperava as ambulâncias chegarem. Já era a segunda vez em tão pouco tempo. E por quê?!

As duas saíram do lugar aos tropeços, ambas sentindo uma dor absurda sem nem contar todos os machucados. A mais velha olhou com preocupação para sua irmã, segurando com cuidado em seu ombro. Retribuindo o olhar, a mais nova abriu um sorriso minúsculo.

── Obrigada por me deixar ir… - Sussurrou.

Sam somente assentiu, ouvindo as ambulâncias e carros da polícia do lado de fora. Havia acabado. A guerra havia acabado.

Já estava claro do lado de fora, policiais correram para entrar no local junto de paramédicos, enquanto outros levavam as duas até as ambulâncias para cuidar de seus machucados também. Tudo parecia mais devagar, Tara não falou mais nada, estava sentada na ambulância apenas balançando os pés devagar, estava vendo o rosto de Hawke em todos os lugares.

Levantou seu rosto ao sentir a irmã se aproximando, sabia bem que Sam estava sentindo exatamente a mesma coisa, nem sequer conseguiam dizer o nome dela. O lugar estava isolado por uma fita amarela da polícia, havia repórteres e pedestres do outro lado, todos falando juntos e tentando conseguir alguma informação.