𝗕𝗢𝗥𝗡 𝗧𝗢 𝗗𝗜𝗘 : 𝗍𝖺𝗋𝖺 𝖼𝖺𝗋𝗉𝖾𝗇𝗍𝖾𝗋 ੭

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏𝗌𝗂𝗑𝗍𝖾𝖾𝗇

Aquele caminho apenas os levou de volta à entrada, onde Hawke e Carpenter haviam sido atacadas há minutos atrás.

── O que a gente faz?! - A ruiva perguntou, nervosa, já passando a ignorar o corte em seu braço.

Meeks finalmente as alcança, jogando a máquina de pipoca no chão para tentar atrasar o mascarado, o qual também os alcançou rapidamente.

Pulou pelo pequeno obstáculo no chão e foi diretamente para o garoto, que desviou de todos os possíveis golpes. Tori queria ajudar, quando o moreno foi preso contra a parede, a ruiva correu até lá para tentar soltá-lo, recebendo ajuda de Samantha.

As duas garotas apenas foram empurradas para trás contra o balcão, Carpenter caiu para o lado enquanto uma dor aguda invadia Hawke, podia ter certeza de que algo havia quebrado. Ao cair no chão também, sentiu as mão quentes de Tara em seus braços, foi difícil se colocar em pé, todo o seu corpo doía muito ao ponto dela não saber se aguentaria mais alguma coisa.

O mascarado voltou sua atenção a Chad, voltou a segurar em seu braço e o empurrar contra a parede algumas vezes, batendo sua cabeça todas as vezes. Quando teve certeza de que teria menos um para lutar, soltou o garoto inconsciente no chão, voltando a focar nas garotas.

Tentando acertar a ruiva, Carpenter o jogou contra a parede, em seguida chutando suas pernas e o derrubando no chão. Tara não ficou parada, acertou outro chute, dessa vez em seu rosto, deixando-o desnorteado mais uma vez.

Teriam que voltar a correr antes que ele se levantasse, mas era tarde demais, um segundo mascarado desceu as escadas praticamente pulando todos os degraus. Victoria, a qual estava mais próxima dele, alcançou a primeira coisa que viu sobre o balcão, uma placa de madeira, e se preparou para atingi-lo, porém, algo a atingiu antes.

O mascarado, que estava no chão fazia poucos segundos, se colocou de joelhos cravando sua faca no abdômen da garota, a qual somente caiu de joelhos soltando sua arma. A faca do outro ghostface também a acertou bem no estômago e mais um grito alto ecoou pelo local, não somente os gritos da ruiva, mas também os de Carpenter, que assistia tudo.

Com a parte de trás da faca, um deles acertou a lateral de seu pescoço e depois sua bochecha. Tudo girou na mente de Hawke, sentiu seu corpo colidir com o chão enquanto mais golpes acertaram seu estômago, não facadas, chutes, vários deles.

Em sua mente, além de toda a dor que sentia, também sentia culpa, não queria morrer agora.

Durante toda a sua vida, cresceu ouvindo que sua única certeza era de que morreria um dia, todo mundo vai e é só disso que sabem, e sempre achou aquilo uma droga. Por que a única certeza que tinham era algo tão trágico? Por que não podiam ter certeza de que um dia encontrariam sua alma gêmea? Ou que seriam muito felizes independente da quantidade de dor que já sentiram?

Seria aquele o seu fim? Teria que morrer para aquilo que a perseguiu por toda sua vida sem nem poder se despedir de quem ama?

Não conseguiria dizer suas últimas palavras, escolhê-las muito bem, afinal, era a última vez.

Carpenter implorava mentalmente para que Hawke não fizesse aquilo, não a fizesse chorar, e só que continuasse a fazendo rir, fazendo-a se sentir viva em cada beijo que recebia.

Mesmo assim, no fundinho de sua mente, a ruiva sabia que era aquilo e não podia mudar nada, havia nascido para aquilo. Ela nasceu para morrer e assim seria.

Precisou ser segurada para não correr até lá, Tara gritava por Victoria enquanto a via perder a vida aos pouquinhos e, por mais que a dor em seu peito fosse grande, Sam somente podia proteger sua irmãzinha o quanto conseguia, afinal, não conseguiu proteger sua outra irmãzinha.