somebody is watching me

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bad things happen to the people you love
and you'll find yourself praying
up to the heaven above.
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1996.
Na noite seguinte.

EVENTOS CANÔNICOS, STU’S POINT OF VIEW.

A noite pesava diante daquele céu estrelado. As ruas da pequena cidadezinha de Woodsboro estavam sombrias e a brisa gelada da noite de verão, acabava por trazer a tona aquela atmosfera assustadora pelos recentes homicídios. Billy Loomis preparava-se para fazer algumas ligações no telefone, planejando assustar sua namorada com um modificador de voz. Com um sorriso perverso nos lábios, ele discou o número dela e começou a fazer perguntas intrigantes, como "Qual é o seu filme de terror favorito?" e ameaçá-la de forma travessa. A garota, sem saber que era seu namorado ao telefone, sentiu-se extremamente assustada. E não era pra menos. Billy era um mestre, daqueles experientes que conhecem o jogo de trás pra frente. Conhecia muito bem a namorada que tinha e, era óbvio, qualquer pessoa se sentiria acanhada ao receber uma ligação onde o remetente dizia lhe observar.

Enquanto isso, o jovem esguio e loiro vestia uma fantasia de capa preta e uma máscara assustadora invadiu a casa da garota Sidney. Ele começou a persegui-la implacavelmente com uma faca em mãos até o segundo andar da casa, onde ela conseguiu trancar a porta e se salvar dele. No entanto, o medo ainda dominava Sidney quando, de repente, seu namorado de fios escuros e olhar sombrio invadiu a janela. A garota, tremendo de medo, correu para abraçá-lo em busca de conforto. Mas sua desconfiança aumentou quando viu um telefone cair do bolso dele. Ela recuou pra se afastar dele e voltou a correr, dessa vez descendo a escadaria de sua casa até a porta da frente, ao abrí-la bruscamente, se deparou com a mesma máscara do cara que a perseguia. Sidney gritou e, surpreendentemente, o rapaz também. Tirou a máscara da face e revelou ser o policial Riley, irmão mais velho de Tatum.

Foi assim que William Loomis foi preso pela primeira vez. Seu nome agora estava manchado.

Na delegacia, Burke interrogou Billy com seu pai, Hank Loomis, ao lado dele. O xerife perguntou porquê que ele tinha um telefone e ele respondera “Todos hoje em dia tem um!”, negando que ligou para Sidney e que a assediou pela linha. Hank defende seu filho: "Verique a conta do telefone, pela amor de Deus!". Não era uma cena frequente ver seu pai lhe defendendo, mas o moreno achou melhor se calar e abaixar a cabeça diante daquilo. O xerife Burke suspeitava que Billy fosse o assassino e o pergunta aonde ele estava quando Casey Becker morreu, mas ele mentiu e inventou uma desculpa, dizendo que estava na casa de Sidney. O xerife diz a Hank que o jovem precisa passar uma noite na prisão enquanto eram pegos todos os registros da central telefônica de Billy. Anteriormente, ele havia telefonado pra mim da delegacia. Suas palavras foram “Oi... Eu tô na delegacia, você pode vir aqui por favor?”. Havíamos combinado que, caso algo desse errado naquele processo, um ligaria ao outro e diria tal frase. E eu no mesmo instante soube o que fazer.

Na manhã seguinte, o policial Dewey falou pra Sidney que não podia ser Billy pois verificaram a conta telefônica dele e viram que ele estava limpo, sem nenhuma ligação feita para nenhuma das jovens atacadas. Para ajudar a limpar a barra de Billy, eu havia ligado para a jovem na casa da Tatum Riley com o modificador de voz para deixar claro a inocência de Loomis. Com isso e a limpeza de seus registros, Billy foi liberado, mas seu grupo de amigos se distancia dele. Nem mesmo eu pude manter muito contato, precisava ter um álibi sólido ao lado de Tatum. Naquele dia, Sidney encontrou Billy no corredor da escola, depois de um abobado passar correndo com a fantasia de Ghostface e eu fazer uma piada maldosa com ela.

Embora Sidney o ame, recuou no mesmo instante que o viu. Sem se importar com oque ela está sentindo, Loomis abre a boca e diz “Ainda acha que eu sou o assassino?”. Sid havia negado, mas afirma que não é mais a mesma depois da morte da vagabunda da sua mãe. Sidney se arrepende de sua fala no momento que Billy minimiza isso, comparando sua própria ausência materna atual com o homicídio de Maureen Prescott.

Me And The DevilWhere stories live. Discover now