you love the way i lie

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i guess i don't know my own strengthim gonna stand there and watch you burnand that's alright because i love the way it hurts

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i guess i don't know my own strength
im gonna stand there and watch you burn
and that's alright because i love
the way it hurts.
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1996.
Central Park, parque municipal de Woodsboro.

BILLY’S POINT OF VIEW.

Stu havia se calado o caminho inteiro e aquilo estava me dando nos nervos. Céus, sempre fora tão falante, por que do nada resolveu ficar quieto?! A situação com Sidney também estava me deixando nervoso. Conseguia ver meu plano desmoronando antes mesmo de tê-lo posto em prática, quer dizer, eu ainda não tive tempo de pensá-lo com clareza porque ou eu estava bêbado, ou discutindo com Stu. E naquele momento, eu também não conseguia pensar naquilo. Eu só pensava no quão fodido eu estaria se Christina houvesse aberto a porra da boca pra Sid. Aquilo seria só a ponta do iceberg, uma pequena fração das milhares de mentiras que Billy Loomis contara a sua namorada.

Seu estômago estava começando a se embrulhar quando Stuart estacionou o carro do parque municipal da cidade. Era uma manhã de sábado, particularmente bem cedo, então tinha poucas pessoas por ali. E coberto por nuvens, estava o sol. Não suficientemente para ser uma manhã nublada, mas com certeza não era o melhor dia de verão que já existira. Não ligava, sempre preferiu o outono.

E era óbvio que aquela era a estação perfeita. As folhas alaranjadas caídas sobre o chão, a brisa leve que antecipava o inverno, manhãs frias com uma garôa enquanto o cheiro de café recém passado pairava na cozinha solitária de sua casa. É, definitivamente amava aquela sensação.

Billy Loomis sempre apreciou muito a própria companhia, tivera, afinal, de aprender a viver sozinho muito antes que seus pais se separassem. Aos nove anos de idade, é horrível. Mas com o passar dos dias, Billy começou a inventar as próprias brincadeiras. Começou a achar abrigo nos filmes de terror, onde os gritos da Janet Leigh em “Psicose” conseguia ser mais alto que o barulho dos pratos quebrando no andar debaixo. Trancado no próprio quarto e, frequentemente fugindo pela janela, foi como Loomis amadureceu. Chegou um momento em que as próprias paredes do quarto conheciam mais de Billy do que seus próprios pais ou amigos. Mas, nos últimos meses, as paredes foram substituídas por Stu Macher; seu melhor amigo, o qual estava cada dia mais apaixonado.

Sejamos sinceros, era óbvio que Billy cairia no encanto daquele loiro. Mais rápido do que o próprio pensara, na verdade.

— Billy?  – Fora resgatado da absorção de seus pensamentos pelo mais alto.

— Uhm. 

Olhei pra ele. Um sorriso quase imperceptível estava em seu rosto. E eu não tinha forças para sorrir de volta.

Me And The DevilWhere stories live. Discover now