one last announcement

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let me show you right now before you give it up
he will give us what we need it may
not be what we want
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1996.
Central Park, parque municipal de Woodsboro.

STU’S POINT OF VIEW.

Era aproximadamente seis hora da tarde e Billy Loomis ainda não havia voltado da tal conversa com a namorada. Não que estivesse inseguro ou com medo, mas estava começando a ficar nervoso com aquilo. O que tanto conversavam? Temia que Sidney houvesse descoberto não apenas sobre a noite dele com a Christina, mas também sobre as noites consigo onde costumavam chapar, transar e planejar homicídios.

Billy não tinha o costume de fumar com frequência porque Sid o mantinha na linha, quer dizer, ele foi um adolescente de quatorze anos que descobriu a cannabis muito cedo. Mais até mesmo que eu, que só acendi meu primeiro baseado aos dezesseis quando eu me sentia sozinho, na verdade, Billy só fumava eventualmente e eu também acabei adquirindo esse hábito. Tatum me criticava por isso, éramos próximos, mas não tínhamos nenhum compromisso formal o suficiente para que eu seguisse algum dos seus conselhos nada amigáveis. Já Sid, namorava a quase um ano e meio com Loomis e a única exigência dela foi que ele parasse de fumar.

Não parou, mas evitava vê-la quando estava chapado. Só fumava quando estava comigo ou realmente estressado.

— AAAH!  – Gritei.  — Que demora, porra, tô ficando louco!  – Cruzei meus braços.

— E precisava gritar? Tô bem aqui!  – A loira me repreendeu.  — E acho que fiquei surda agora.

— Até parece.  – Revirei meus olhos e sorri, negando com a cabeça.  — O que acha que estão conversando?

— Ah, sei lá.

— Será que é sobre nós?  – Perguntei, sabendo que a garota abriria a boca.

— Quê? Não! A Sid tava irritada por causa da camiseta que o Billy esqueceu na casa da Chrissy.

— Chrissy?

— Sim, Stu, a Carpenter.

— Ah.  – Desviei o olhar para o horizonte e umedeci meus lábios. Tatum me olhou com o cenho franzido, provavelmente confusa com o meu silêncio.

— O que foi?  – Ela me indagou.

— Hum?

— Você fechou a cara. Também ficou com ela ontem?  – Me provocava.

— Não! Credo, Tatum, meu deus.

— Ah, se ela não fosse amiga de uma galera estranha, ela seria legalzinha até. É bonita, não faz seu tipo? 

A olhei. Por que caralhos tava falando disso agora? Stu não tinha um tipo.

Na verdade tinha, seu tipo era ser o Billy Loomis.

— Depois do que você disse, não.

— Espera, acha que ela pode ter sabotado teu copo?  – Dizia num tom sério, enquanto me encarava com um semblante preocupado.

— Eu não bebi, mas o Billy..

— O Billy já é grandinho pra cuidar da própria bebida.

— É.  – Suspirei ao perceber que ela não entenderia. Não entenderia a complexidade do rapaz. Não era como se quisesse o defender, mas agora conhecia o garoto como a palma da própria mão e sabia muito bem que não deveria ter se descuidado. Um ato egoísta, é claro, deixar o amigo sozinho numa festa onde ele só conhecia a anfitriã.

Me And The DevilWhere stories live. Discover now