peter should know better

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all the good girls go to hell
cause even god herself has enemies
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1995
Dois meses depois do assassinato de Maureen Prescott

STU’S POINT OF VIEW.

Haviam se passado algumas semanas desde que tivera que presenciar a terrível cena de homicídio onde era cúmplice. Não era como se estivesse arrependido, afinal aquilo acabou desbloqueando novas possibilidades ao lado do melhor amigo que era devoto. Talvez aquele cenário não tivesse sido tão ruim assim. Quer dizer, Stu nunca foi uma criança cem porcento normal; durante a infância, fora desafiado pelos próprios pensamentos e quando se dera por conta, estava decapitando um pobre lagarto apenas por diversão. Não era do tipo perturbado, só tivera alguns amigos imaginários até a quinta série do fundamental... Como qualquer criança normal! Né?

No entanto, sua mãe o levou ao psicólogo quando descobrira tudo aquilo. Naquela época, sua irmã era pequena e seus pais certamente tiveram medo de que ele fosse se tornar um perigo pra ela, então agiram como qualquer adulto responsável. Stuart passou dois longos anos fazendo tratamento psicológico e isso acabou desencadeando suas emoções afloradas, nunca aprendera ao certo como as controlar, mas depois da ajuda que tivera pôde ser mais empático com todos. Não era, de jeito nenhum, uma ameaça a própria irmã. A amava muito e jamais ousaria encostar um dedo nela ou em qualquer outra criança, assim como Billy, Stu tinha seus princípios. E matar não estava em seus planos, mas estaria mentindo se dissesse que não se sentira bem com a sensação de ver o corpo de Maureen perdendo vida.

Mas depois daquelas semanas, precisavam todos espairecer. Resolveram ir a um parque de diversões que estava passando pela cidadezinha de Woodsboro, tal qual como circos que viajam de cidade em cidade para atrair público.

Estava vestido com uma camisa laranja com estampas brancas que estava semi abotoada por cima de uma regata branca, usava também jeans claros e calçados escuros nos pés. Caminhava de mãos dadas com Tatum enquanto Randy, que por algum motivo ainda não percebera que apenas Sidney gostava dele ali, andava do lado dela tagarelando como sempre. Tatum e Randy se davam bem, era aquele típico relacionamento de amizade onde de vez em quando um alfineta o outro. Stu não era o maior fã daquele rapaz, mas tinham bons papos. Mas por ser o único sem namorada já que estava se "guardando" para Sidney Prescott, que já namorava, acabava por ficar ausente em algumas confraternizações do grupo. Outras vezes, Billy Loomis fazia questão de não o convidar. Randy sempre implicou com Billy, talvez por tomar uma atitude com Sid antes dele ou talvez só porque não gostava do outro. Loomis não dava muito papo, sempre utilizava sua introversão e timidez para ficar de escanteio e não se pronunciar sobre diversas situações.

— Aí, cara, você não vai imaginar que filme chegou hoje lá na locadora!  – Ele falava com empolgação enquanto Stu percorria, aquele imenso parque de norte a sul, com o olhar a procura de Loomis e Sid.

— Qual?

— Ei! Por que tá falando disso só com ele? Eu também assisto filmes, tá bom?  – Tatum puxou a orelha do rapaz, fazendo com que ele resmungasse de dor e eu sorrise de lado com aquela cena.

Ambos adentraram no assunto, já eu acabei me desligando daquilo ao me deparar com Billy se agarrando com Sidney. Estavam sentados num banco debaixo de uma árvore, trocavam beijos calmos como se estivessem despreocupados, como se a garota não tivesse perdido a mãe em um homicídio brutal a menos de alguns meses, ou como se ele nunca houvesse dito pra Stu milhares de vezes sobre como a morena era estúpida e infantil.

Me And The DevilDove le storie prendono vita. Scoprilo ora