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Só falta um capítulo e o epílogo... Nem estou a acreditar! Espero que estejam a gostar desta história.


Apesar do sobressalto inicial de saber que o Alexandre estava em liberdade, as últimas semanas desde que isso aconteceu têm sido muito calmas. Não ouvi falar dele, não tentou contactar-me, nem aproximar-se de mim ou do Diogo – o que me deixou muito mais tranquila. A minha advogada também me contactou algumas vezes, apenas para se certificar de que estava tudo bem e inclusive partilhou comigo que o advogado dele comunicou que ele tencionava mudar de cidade, só estava à espera de uma autorização do juiz. Espero que isso aconteça, que ele tente recomeçar e endireitar a vida dele bem longe de mim.

À parte disso, tudo tem estado a correr muito bem. A minha relação com o Diogo continua a correr às mil maravilhas. Apesar de ambos termos trabalhos exigentes, de formas diferentes, e horários que nem sempre são compatíveis, conseguimos sempre encontrar tempo para estarmos juntos em casa um do outro ou para termos pequenos dates, como ir ao cinema, jantar fora, dar um passeio à beira-mar e, no outro dia, até fomos ao SeaLife. Sinto que cada vez nos conhecemos melhor, cada vez nos damos melhor e isso faz com que, a cada dia que passe, gostemos ainda mais um do outro. Além disso, sinto que, finalmente, o meu pai começou a perceber que o Diogo me faz feliz e até já conheceu os pais do Diogo, assim como a minha mãe. A nossa relação está mais sólida e isso deixa-me genuinamente feliz. Aliás, acho que nunca me senti tão feliz antes e sinto, pela primeira vez na vida, que tenho estabilidade a todos os níveis.

Estamos quase a meio de abril e os dias começam, finalmente, a ficar mais amenos, por isso escolho um conjunto mais primaveril para vestir em mais um dia de trabalho. Visto as calças de alfaiataria beges, que ainda não tinha oportunidade de estrear, e uma camisa branca de linho, oversized, que prendo nas calças. Calço umas sapatilhas da cor da camisa e decido complementar o conjunto com um blazer preto. Pego na mala preta que uso diariamente, devido ao seu tamanho conveniente onde cabem todas as minhas tralhas, e levo-a para a sala, onde a pouso no sofá. Regresso à casa de banho para pentear os meus lisos fios de cabelo castanhos e colocar uma maquilhagem muito suave. Quando estou pronta, sento-me na pequena ilha da cozinha a desfrutar do pequeno-almoço que preparei: uma tigela de iogurte com morangos e granola.

Por qualquer milagre deste universo, apanho pouquíssimo trânsito no caminho para o trabalho, por isso chego ao hotel antes do início do expediente. Aproveito para ir beber um cappuccino antes de começar a trabalhar e só depois me sento à secretária a levar a cabo a primeira tarefa do dia: responder a e-mails.

Grande parte da manhã é passada em reunião com a Marta, a delinearmos o programa de atividades do hotel para o mês de Maio e a verificarmos se tudo o que temos planeado para este mês de abril está a correr bem. Daqui em diante, os próximos meses trarão cada vez mais turistas e, por isso, temos de garantir que tudo está a correr bem.

Uma vez que nenhuma de nós trouxe almoço de casa, ambas decidimos ir almoçar a um pequeno snack-bar perto do hotel, que serve umas saladas e uns wraps muito bons.

- Ultimamente, temos tido tanto trabalho que mal temos tido tempo para pôr a conversa em dia. Como andas? – Marta questiona-me, enquanto aguardamos, numa mesa da esplanada, que tragam os nossos pedidos.

- Muito bem, de facto. – comento com um sorriso – E tu?

- Tudo normal. – a minha colega e amiga responde – A vida corre-te bem, já vi.

- Não tenho por que me queixar, na verdade. Depois daquele susto com a saída do Alexandre, as coisas voltaram ao normal. Sinto-me mesmo em paz, sabes? Neste momento, acho que não há nada que eu mudasse na minha vida. – admito – E eu até tenho medo de dizer isto em voz alta, porque acho sempre que dá azar, mas estou feliz.

Lucky Strike | Diogo Costa ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora