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Nota: Peço imensa desculpa por ter demorado tanto tempo a trazer um novo capítulo, mas a verdade é que, depois do trabalho, nunca tenho vontade de fazer nada, então fui deixando passar. Mas estou mesmo a tentar contrariar essa minha vontade de procrastinar, por isso aqui têm um novo capítulo desta história. Espero que gostem!

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22 de dezembro

O mês de dezembro tem sido uma absoluta correria. Costuma ser o meu mês favorito do ano, porque continuo a adorar a magia do Natal como se fosse uma criança, mas, este ano, nem dei pelo tempo passar. Andámos cheias de trabalho no hotel, porque, com a chegada do Natal e da passagem de ano, há imensas coisas para planear. Os meus dias de trabalho têm sido sempre mais longos que o normal, com horas extraordinárias quase diariamente, mas eu adoro o que faço, então quase que nem custa. Contudo, as poucas horas de sono e o cansaço de muitas horas de trabalho têm-se vindo a acumular e a abater-se sobre mim, por isso eu estou mesmo desejosa pelos meus dias de férias em família. Como comecei a trabalhar recentemente, não posso tirar muito tempo, mas vou ter o dia 23, a véspera e o dia de natal e o dia 26 – quatro dias para descansar e aproveitar o tempo em família.

Além de muito trabalho, o mês de dezembro tem também sido marcado pela minha aproximação do Diogo. Embora não nos vejamos com muita frequência, por causa das obrigações laborais de cada um, falamos imensas vezes por mensagens ou mesmo por chamada. Aliás, arrisco-me a dizer que temos falado diariamente. Falamos um pouco sobre tudo, mas, essencialmente, sobre as coisas que gostamos e não gostamos, partilhamos opiniões sobre temas relevantes da atualidade... Temos aproveitado para nos conhecermos melhor um ao outro e, sinceramente, tenho descoberto no Diogo alguém muito especial – multifacetado, com imensos gostos em comum comigo, inteligente, divertido, bem-humorado.

As minhas reflexões acerca deste mês cessam quando ouço a porta principal do apartamento abrir, anunciando a chegada de Soraia. Paro de arrumar as minhas roupas na mala e dirijo-me à sala, para encontrar a minha melhor amiga.

- Olá! – exclamo, apanhando-a desprevenida, o que me faz rir – Não queria assustar-te!

- Olá! Eu é que estava aqui a olhar para as cartas que tínhamos na caixa do correio e nem me apercebi da tua presença. – a minha amiga explica-se – A propósito, está aqui uma carta para ti. Do tribunal.

As suas palavras fazem-me gelar. Depois de ter tratado de todo o processo para pedir uma ordem de afastamento contra o Alexandre, nunca mais soube de nada. A advogada disse-me que poderia ser um processo demorado e, por isso, obriguei-me a não pensar mais no assunto. Contudo, parece que as novidades chegaram mais cedo que o esperado.

- Não vais abrir? – a Soraia pergunta-me, ao reparar que continuo com o envelope selado nas minhas mãos.

- Vou, só estou a tentar ganhar coragem. – confesso.

- Seja qual for o veredito, eu estou aqui. – a minha melhor amiga encoraja-me, acariciando as minhas costas.

Com uma respiração profunda e prolongada, decido então abrir o envelope, retirando a folha do seu interior. Preciso de ler o conteúdo duas vezes para perceber, efetivamente, o que lá vem escrito.

- Então? – a Soraia questiona-me, ansiosa.

- Eles concordaram! O Alexandre vai ser notificado de que não se pode aproximar-se de mim a menos de 10 metros! – exclamo, sentindo-me um pouco mais aliviada.

- Que bom! – a minha melhor amiga abraça-me, festejando a boa notícia comigo – Já vais de férias um pouco mais descansada, com um presente de Natal antecipado.

Lucky Strike | Diogo Costa ✔️Where stories live. Discover now