Pedra por Pedra

Arthur/Sansa/Rhaegar/Tywin

Arthur

“Teremos que cancelar a busca por enquanto. Já se passaram horas e a escuridão da noite trabalha contra os homens, alguns dos quais se embriagaram durante a festa. Escuro e bêbado é igual a perigo. E temos que encarar isso, pelo que parece, a criada desaparecida pode muito bem já estar morta. Se eu tiver que adivinhar, provavelmente veremos o cadáver dela flutuando no mar amanhã. Se tivermos sorte, será” declarou Lord Baratheon, seu rosto uma imagem de frustração e exaustão.

“Não!” Sor Gerion disse em voz elevada. O cavaleiro normalmente bonito e genial parecia um leão selvagem pronto para atacar qualquer um enquanto espreitava o espaço limitado disponível do solar de Lorde Steffon, “Isso é inaceitável. Eu não me importo com quem você é, Baratheon! Aqui no seu território, uma das minhas sobrinhas morreu. Ontem isso pode ter parecido um acidente. Mas agora? Agora temos isso! Minha sobrinha mais nova poderia ter morrido. Raya está morta. Dentro do seu castelo! Dentro do seu grande salão! Estou começando a pensar que a morte de Cersei e estes foram ataques deliberados e premeditados contra a Casa Lannister. Essa empregada deve ser encontrada. A todo custo!”

"Ou será que ela não pode ser encontrada porque você ou seu pessoal a estão escondendo, hm?" Sor Tygett acusou num tom perigosamente desafiador. Ele ficou atrás de sua sobrinha sentada, olhos verdes em estado de alerta e sua mão dominante abrindo e fechando o punho da espada embainhada ao seu lado.

O Senhor Mão levantou a cadeira e bateu ruidosamente com as duas mãos na superfície da mesa de trabalho, a fúria nas palavras de Baratheon clara em seus olhos. Por um momento, Arthur temeu que uma briga começasse e colocou a mão no aperto de Dawn. Felizmente Lady Sansa levantou-se imediatamente da cadeira e virou-se para os tios.

“Tio Tyg! Tio Gerião! Por favor, pare com isso. Vamos todos ficar calmos. Mau humor e acusações infundadas não ajudarão em nada. E duvido que Lord Hand tenha algo a ver com isso. Não faz sentido para ele e para a sua família cometerem tais crimes ao abrigo das leis dos Direitos dos Hóspedes, sabendo que a integridade e a reputação da sua casa estão em jogo”

Em seguida, ela lançou ao ofendido Lord Baratheon um olhar de desculpas: “Meu senhor, minhas desculpas. Foram dois dias muito difíceis para nossa família, como tenho certeza que você sabe.”

Lorde Steffon visivelmente tentou se acalmar: “Vou deixar passar desta vez por você, minha senhora, e só porque sei o quanto vocês passaram em tão pouco tempo. Mas não sofrerei mais insultos nem tolerarei acusações de homicídio e obstrução da justiça. Seus tios fariam bem em lembrar disso.”

“Obrigada, meu senhor” Ela acenou com a cabeça e depois voltou a falar calmamente com seus tios furiosos mais uma vez: “Eu concordo com o Senhor Mão. Está escuro. Os homens podem procurar a noite toda, o quanto quisermos, mas sejamos realistas: o mar fica do outro lado do castelo. Qualquer um pode simplesmente se livrar de um cadáver jogando-o ali.”

Desde a doença do dia anterior até o acidente e a morte de sua irmã e agora a morte de uma de suas damas e a ameaça à sua vida - é um milagre e muito admirável que ela ainda consiga pensar e funcionar com eficiência e também desempenhar o papel de guia e mediadora. para seus tios enfurecidos, apesar da palidez de seu rosto e da sugestão de manchas escuras começando a aparecer sob seus olhos. Arthur acreditava que se fosse qualquer outra garota, eles teriam escolhido se esconder cercados por guardas em um quarto trancado ou sucumbiriam às lágrimas virginais ou simplesmente desmaiariam de exaustão.

Foi um longo dia e uma noite longa e não terminou da maneira que deveria. Quando se soube que o veneno foi colocado no cálice da jovem noiva do Príncipe Rhaegar, Lorde Baratheon prontamente interrompeu o banquete e os decepcionados e resmungões foliões foram dispensados e mandados para suas tendas e vários alojamentos. Em seguida, ele reuniu todos aqueles que serviram comida e vinho para interrogatório.