͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ 𝗌𝗂𝗑

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Hawke abraçou os joelhos escondendo o rosto atrás deles, diversos xingamentos para si mesma começam a surgir em sua mente. Se pudesse, daria um soco no próprio rosto agora mesmo.

Algo dentro dela tinha que sair, toda a angústia tinha que sair de alguma forma, e nem sequer as drogas pareciam ajudar. Queria gritar.

Se algo acontecesse com Hillary ou Timothy seria culpa dela, deveria ter contado antes para que soubessem de tudo, mas como poderia saber que essa merda toda a perseguiria em Nova York. Mesmo assim eles tinham o direito de saber, mas talvez o não saber seja melhor, mais seguro. Os dois tinham sido jogados naquele mar de informação sem bóias, estavam cada vez mais fundos.

Se é que poderia confiar neles. Aquilo foi o ápice dos pensamentos para Hawke, que levantou a cabeça acostumando os olhos com a luz do sol. Como pôde desconfiar de Byers e Green? Eles nem sabem o que está rolando.

Alguns poucos repórteres ainda estavam parados em frente a delegacia, loucos por respostas. No interior do local, Reed e Bailey discutiam sobre toda aquela bagunça. Mais uma morte.

── Se lembra do único álibi de Samantha Carpenter? - O mais velho começa, jogando uma pasta com arquivos na mesa em frente a garota. ── Está morto, esfaqueado no nariz.

── No nariz? - Kirby pergunta, franzindo o cenho enquanto analisava as fotos do terapeuta de Sam, agora, sem vida.

O policial em frente a loira assentiu, cruzando os braços enquanto segurava um saco plástico nas mãos.

── A porta estava quebrada e adivinha quais foram os únicos dados que sumiram de lá?

── Está dizendo que a Sam matou seu único álibi e roubou as próprias informações? - Ela fecha a pasta, agora olhando para o homem.

── Talvez… - Se aproxima deixando o saco com uma máscara sobre a mesa. ── Acharam mais uma máscara, diz que é de algum Roman Bridge.

── O assassino em facada 3… - A loira segura a máscara, olhando melhor para o objeto. ── Parece que ele está recriando tudo aquilo usando referências e deixando as máscaras dos antigos assassinos nas cenas do crime. Parece uma contagem regressiva ou algo assim…

── E o que acontece quando chegam ao 1?

Pronta para responder, a porta da sala é aberta, adentrando um homem de olhos azuis já muito bem conhecido.

── Quando o que chega ao 1? - Eliott pergunta, sem nem se preocupar se era algo privado ou não.

── Contagem regressiva de máscaras - Bailey se apoia na mesa, cruzando os braços novamente.

Hawke assentiu analisando o item que estava sobre a mesa, ainda dentro do plástico. Ele sabia demais, e se os outros soubessem, sua vida estaria acabada. Seu filho não cumpriu o que havia prometido e agora ele tinha que lidar com tudo aquilo de novo. Se algo sobre ele ser um ghostface no passado vazar, acabou. Tudo acabou.

── E a Tori? - O mesmo pergunta olhando para os dois na sala.

── Sua filha? O que tem ela? - Reed pergunta de volta, pronta para defendê-la se necessário.

── Bailey está desconfiado de Sam, mas Tori pode ter algo a ver com isso - Deu de ombros se sentando em uma das cadeiras. ── Vingar o irmão, talvez?

── Do que está falando exatamente, Eliott? - Bailey se apoia na mesa, levemente interessado.

── Estou dizendo que o meu filho era um assassino, nada impede a minha filha de ser uma também. Além do fato dela me odiar, tem esses problemas desde o massacre em 2011.

𝗕𝗢𝗥𝗡 𝗧𝗢 𝗗𝗜𝗘  :  𝗍𝖺𝗋𝖺 𝖼𝖺𝗋𝗉𝖾𝗇𝗍𝖾𝗋 ੭ Where stories live. Discover now