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CAPÍTULO XXXI - 31
"chamada de vídeo"

PABLO GAVI
Barcelona, Spain

Vou o mais rápido possível ao hospital que a Stella costuma ir. Talvez eu tenha passado em alguns faróis vermelhos, recebido alguma multa e quase atropelado umas três pessoas, mas o importante é não perder tempo.

Assim que chego, vou até a recepção e pergunto pela minha ex namorada.

──── A senhorita Garcia chegou tem uns trinta minutos e foi internada em um dos quartos do quinto andar ── a loira da recepção diz após consultar o computador.

──── E eu posso ir ve-la? ── pergunto.

──── Você pode ir ao quinto andar, mas só poderá entrar no quarto com a autorização médica ── a recepcionista me explica ── Lá você vai encontrar outra recepção, pergunte pela sua namorada e aguarde uma liberação.

──── É... ── engulo seco ── Ela não é minha namorada.

──── Ah, perdão! Mas recomendo que diga ao médico que você é o namorado, pois ele não costuma deixar qualquer pessoa visitar os pacientes que estão internados.

──── Eu sou o pai da bebê que ela está esperando, se ele não me deixar entrar eu faço um caos nesse hospital! ── comento e vou em direção ao elevador.

Subo até o quinto andar, e assim que saio do elevador, vou direto até a recepção.

──── Oi, eu queria saber sobre a paciente Stella Garcia Martret.

──── O senhor precisa pegar uma senha e esperar ser chamado ── a recepcionista comenta e me mostra a máquina que distribui a senha.

Suspiro e vou até o local e retiro um papel com a senha. Meu número é o oitenta e seis, mas ao olhar para a televisão onde estão chamando as senhas, percebo que ainda estão no sessenta e nove.

Nem ferrando que vou esperar tudo isso! Penso e volto até a recepção.

──── Moça, eu quero só uma informação, eu não vou esperar uma vida até ser chamado. Eu estou preocupado e só quero poder falar com alguém sobre o caso dela.

──── Peço que, por gentileza, o senhor aguarde ser chamado. Não posso passar nenhuma informação enquanto não tiver chamado o seu número.

──── Cacete! ── bato no balcão estressado. Ali já perdi toda a minha paciência ── Você não está entendendo?! A mãe da minha filha está lá dentro e eu não faço ideia do porquê, eu nem sei o que aconteceu e eu só quero saber como ela e a minha filha estão, será que você não tem um pingo de compaixão pelo próximo? ── indago em um tom mais alto que o normal.

──── Gavi ── ouço a voz de Martina e olho para trás encontrando a morena se aproximando de mim ── Estamos em um hospital, para de arrumar briga!

──── Não estou nem aí! Podia ser a casa do presidente, mas se não me derem notícias da Stella e da Luna eu derrubo esse lugar ── digo alterado.

──── Você não derruba nada, porque você não é trator nem bola demolidora ── Martina coloca suas mãos em meus ombros ── Agora senta essa bunda naquela cadeira e se aquieta!

──── Não vou fazer nada enquanto não me derem uma informação!

──── Senta logo, caramba! ── a namorada de Pedri praticamente me joga para o outro lado. Bufo e me sento completamente irado.

𝗛𝗜𝗚𝗛 𝗜𝗡𝗙𝗜𝗗𝗘𝗟𝗜𝗧𝗬 ─ 𝘱𝘢𝘣𝘭𝘰 𝘨𝘢𝘷𝘪Where stories live. Discover now