CAPÍTULO CVI

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Boa leitura

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Jeno acordou com os pés de Byul em seu rosto,
impedindo sua respiração e com cuidado ele retirou os pés frios do filho e o ajeitou no colchão.

Haviam passado a noite na sala deitados em um colchão. Não havia dormido bem, já que Byul não era tão pequeno assim e se mexia muito, fazendo com que Jeno sempre levantasse para ajeitar o filho.

Sorriu ao ver que agora o pequeno estava segurando a orelha de Jaemin, enquanto estavam bem próximos. Havia achado a cena tão fofa que não se conteve em tirar uma foto para registrar o momento. Ele sabia que ambos se amavam, porque Byul é como Jeno, não força nada e se não gostar da pessoa, suas expressões são bem óbvias.

A presença de Byul fazia bem para Jaemin, ele o alegrava com seu jeito enérgico e tranquilo. Ele sabia que Jaemin precisava disso mais do que nunca e estava aliviado em saber que agora poderia ter Byul ao seu lado novamente — mesmo porque a mãe do pequeno não é nada responsável.

Após preparar todo o café da manhã com coisas que Byul e Jaemin gostavam, Jeno voltou para a sala para acordar os dois rapazes que estavam em um sono profundo que o mais velho até roncava.

Ele riu.

— Ei, Jaemin. Acorda, já são quase dez horas e você ainda está apagado. — Ele diz tirando o cobertor das pernas do mais novo. — Levanta esse rabão daí! — Ele diz dando um tapa no local, fazendo Jaemin se assustar.

— Mas que caramba. — Ele esbraveja passando a mão no rosto, conseguindo abrir os olhos por fim e metralhar o marido com o olhar.

— Bom dia pra você também, gatinho lindo. — Ele sorri piscando em seguida. — Você é muito fofo, fica ainda mais quando está bravo. — Ele se aproxima, dando um selar nos lábios do namorado. — Desemburra essa carinha e vamos tomar café. — Ele diz afagando seus cabelos, virando-se para sair.

— Eu só queria dormir mais um pouco, mas você insiste em me manter acordado. Tão chato. — Jaemin resmunga, envolvendo seus braços na cintura de Jeno, apoiando seu queixo nos ombros do mais velho. — Bom dia. — Ele diz quase em um sussurro e logo Jeno sorri.

— Vou te dar uma folga só hoje, não se acostume com isso. — Jeno diz o olhando seriamente, mas era impossível ser severo quando tinha um par de olhos brilhantes quase como um gatinho manhoso o encarando.

— Obrigado. Você é sem dúvidas o melhor marido do mundo. — Jaemin diz agarrando mais a cintura de Jeno, o puxando para si, beijando sua bochecha em seguida.

— Como um gatinho manhoso. — Jeno brinca e logo se separa, fazendo Jaemin fazer um pequeno bico nos lábios. — Não seja assim, vocês precisam comer algo. — Jeno diz ao perceber.

Ele não diz mais nada, apenas acompanha Jeno até a cozinha e senta em um dos bancos, se apoiando na mármore fria, observando os ombros largos do marido cobertos por uma regata transparente, o impedindo de apreciar o dragão que cobria toda suas costas. Jaemin simplesmente se perdia no corpo de Jeno.

Do outro lado, Jeno estava concentrado em cortar o bacon em pequenos cubos e assim que havia terminado essa etapa, foi até a geladeira pegar alguns ovos para que pudesse fazer com os pequenos cubinhos.

— Como vamos falar para seus pais sobre meu estado atual? — Jaemin inicia novamente o diálogo, fazendo Jeno o olhar.

— Ainda não havia pensado sobre isso... Você se sente confortável para contar?

— De qualquer forma eles são minha família também, não é como se eu pudesse esconder isso pra sempre. — Ele suspira. — Eu não posso simplesmente fingir que nada está acontecendo.

O filho do Pastor  ⋆  Nomin Onde as histórias ganham vida. Descobre agora