O filho do Pastor ⋆ Nomin

CAPÍTULO LXXXII

Boa leitura!

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Jeno sabia que cuidando de Soobin mesmo que indiretamente, iria fazer com que Jaemin ficasse enciumado. Ele havia percebido a carranca terrível que Jaemin havia feito quando ele havia dito que fez curativos em Soobin. Jaemin só não disse nada para não ser tachado de imbecil por ciúmes besta.

Jaemin não estava bem com isso, mesmo que as intenções de Soobin não fossem maldosas, para Na Jaemin, eram e ele só estava se fazendo de pobre coitado para ter a atenção de Jeno, sabendo que ele odiava ver as pessoas em situações ruins e não poder fazer nada.

— Eu trouxe pra você. O horário de almoço está quase acabando e você até agora não saiu daí. — Jeno diz colocando a sacola com uma marmita em cima da mesa, observando Soobin que trabalhava focado no computador. — O quê está pensando? Que vai dar tempo de terminar e sair correndo para almoçar? Até você chegar no restaurante o horário de almoço já terminou. — Ele diz e logo Soobin o encara envergonhado.

— Me desculpe. É que não quero deixar meu trabalho pela metade e hoje preciso sair mais cedo. Não posso fazer horas extras, por isso quero acabar tudo no horário.

— E por isso sacrifica sua própria saúde? — Jeno cruza os braços. — Come. Deve estar morrendo de fome e eu não quero meu estagiário doente, se não vou me sentir carrasco demais.

— O senhor não precisa fazer isso por mim. Seu marido não vai gostar nada disso. Ele já tem uma ideia bem errada sobre mim. — Soobin diz envergonhado encarando a sacola.

— As vezes o Jaemin tem essas paranóias, mas ele sabe que eu o amo. Eu seria incapaz de traí-lo. Querendo ou não, Jaemin tem que entender que eu tomo conta de você. O quê é? Você só tem dezessete anos, não é estranho um garotinho como você estar com um homem de vinte e um? — Ele ri passando a mão nos cabelos.

Não é estranho.

— Hm, muito obrigado pelo almoço. — Ele agradece sentindo suas bochechas já ruborizadas. — Eu vou dar o meu melhor a cada dia, Sr. Lee. Desejo sair daqui te dando orgulho e sendo útil! — Ele sorri de forma fofa, abrindo a sacola e pegando a marmita que estava ainda quente.

— Chega de conversa. Apenas coma. — Jeno olha para o relógio em seu pulso. — Estou voltando. Ao terminar, mande esses arquivos para mim, por favor. Tenha um bom trabalho.

Ao chegar em sua sala, Jeno suspirou profundamente. Tinha certeza que se Jaemin descobrisse que estava cuidando de Soobin, ele estaria morto e sem sua genitália. Mas não era assim, Jeno não tinha nenhuma segunda intenção com Soobin, olhando para ele, ele enxergava um Jaemin do passado, mas dessa vez muito pior, sofrendo muito. Com a perda da mãe, se virando com suas dúvidas e as dívidas do próprio pai que só o atolava mais em um lamaçal de desgraça. Jeno queria ser um amparo para Soobin, poder ajudá-lo mesmo que minimamente ou apenas com palavras. Ele o via como alguém que carecia de afeto e uma palavra amiga. Ele só não queria ver alguém tão jovem e cheio de vigor sofrendo e deixando sua alegria escapando por entre os dedos por causa de um pai inútil que não cumpria com seu papel.

Gatinho:  oi amor, chegue mais cedo hoje, ok? Vou fazer seu prato favorito; kimbap!
Peguei a receita com a sogrinha!
Espero que você goste :)

Jeno abriu um enorme sorriso com seu coração já se aquecendo ao ler cada palavra.

Ok, meu amor
Como você quiser
E eu já estou amando, porque é meu maridinho que irá fazer! Te amo, amor.

— Ele sempre se esforça tanto para me agradar. Como eu o amo. — Jeno sorri ao ver a foto de perfil do namorado onde tinha uma foto dos três. Ele, Byul e Jaemin.