CAPÍTULO LXVII

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Boa leitura!

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Jaemin havia combinado de se encontrar com Chenle no refeitório antes que pudessem ir para as últimas aulas. Eles se encontrariam pela primeira vez no dia, devido a grade de horários terem sido mudadas.

— Meu Deus... Que cara de acabado é essa? — Jaemin perguntou ao ver a cara de sono de Chenle, junto de olheiras.

— E você parece ótimo. Até feliz. Minha noite foi péssima. Minha vontade é de matar o Mark.

— Vocês... — Jaemin sorriu de canto.

— Não! Você só pensa nisso? — Ele resmunga. — Tem uma vizinha da casa de cima... O Mark diz que ela faz programa. Então, estava uma discussão feia dos infernos. Xingos e coisas caindo no chão. Pelo o que ele me disse, esse homem deve ela mais de mil reais e até hoje não paga. Mas como ela gosta dele, eles continuam ficando. — Chenle faz ânsia de vômito. — O pior é que depois daquela patifaria toda os gritos não foram mais pela briga e sim porque estavam fodendo como dois cachorros no cio! Foi horrível.— Ele se arrepia só de pensar. — Fora que trinta minutos angustiantes eu tive que suportar com uma sessão de: 'hm, não para' e 'mais rápido, caralho. Mete com força!' — Ele se sente enojado. — Sério que precisam de tanto escândalo pra foder? E fora que aquele desgraçado estava dormindo tranquilamente enquanto eu estava morrendo de ódio e cansaço. Se eu soubesse que seria assim, não teria aceitado.

Jaemin ri.

— Eu não entendo essas pessoas que gostam de chamar a atenção. Mas o Mark já deve morar há tanto tempo lá que já até está acostumado. — Jaemin o tranquiliza. — Fica frio, não é o fim do mundo e vocês se gostam. Bem, vamos falar de algo menos nojento agora. — Ele fala cheio de expectativas. — Semana que vem será o aniversário do meu Byul de dois aninhos. E faremos uma festinha simples, você está convidado! Chame o Mark também ou quem mais você quiser... E claro o Renjun.

— Você sabe que não estamos conversando...

— Chenle, você sabe que o quê está fazendo é errado, não sabe? Ele é seu irmão e não é justo você fazer isso com ele só porque ele ama um cara que você detesta. — Ele agora estava com uma expressão séria. — Você pode até não gostar do quê eu vou falar e ficar com raiva de mim por isso, mas.  Se você merece ser feliz e quer essa felicidade pra você, porque você não pode deixar seu irmão também ser feliz e seguir sua vida. Você não acha que o quê ele passou todos esses anos não foi demais e que ele merece ter uma vida colorida? As pessoas evoluem constantemente, Chenle e isso é o legal da coisa. Ninguém é o mesmo de um mês, uma semana ou um ano atrás. Você precisa entender que nem sempre as coisas vão sair como queremos, mas que precisamos respeitar e torcer pela felicidade de quem amamos. Eu tenho certeza que ele está feliz por você estar namorando e dando um rumo em sua vida. Eu também tenho certeza de que ele gostaria que você sentisse o mesmo por ele.

Chenle não disse nada, apenas ouvia em silêncio.

— Eu vou indo. Depois conversamos, tenho uma aula agora. — Chenle disse se levantando, deixando o suco intocável para trás.

Ele sabia que estava agindo errado e em nenhum momento Jaemin mentiu, mas ele não queria admitir isso e nem falar sobre. Apenas precisava de um tempo, as coisas não estavam saindo como o esperado.

Mais uma vez iria matar aula e então decidiu ir para o jardim pensar mais em suas atitudes enquanto ouvia música. Depois de alguns minutos ali, ele acabou vendo Mark parado em uma árvore distante conversando com um garoto. Não dava para ver perfeitamente, mas ele sabia que ele havia entregado algo para o garoto que olhava suspeito. Chenle não havia gostado nada disso.

O filho do Pastor  ⋆  Nomin Onde as histórias ganham vida. Descobre agora