CAPÍTULO XCI

527 41 72
                                    

Boa leitura

፝֟֯

Com toda aquela situação acontecendo, caso sendo investigado por detetives e policiais, Lucas acabou fugindo com Jungwoo para Kyoto, uma cidade no Japão.

Eles não faziam ideia por quanto tempo ficariam ali, talvez até a polícia descobrir e eles terem que fugir novamente, como em um ciclo vicioso. Jungwoo não estava bem, na verdade haviam se passado quinze dias desde o assassinato e que estavam fugindo loucamente. Na verdade, ele não dormia, não comia e sempre tinha pesadelos com Mark. Ele sabia que havia sido uma escolha unicamente sua e que Lucas jamais o forçou a isso, na verdade, ele preferiu não meter o garoto no meio, mas como ele havia insistido, não tinha mais volta. Agora, ele estava aterrorizado, se sentindo um lixo por ter matado a sangue frio alguém — ele jamais pensou que seria capaz e tão filho da puta em fazer isso e agora se sentia culpado e com remorso.

— Eu trouxe pra você comer. É o seu preferido. — Ele diz colocando a bandeja de sushi em cima da mesa com latinhas de Sprite, mas Jungwoo não deu a mínima, virando o rosto. Lucas logo percebeu que tinha coisa errada ali. — O quê foi, Jungwoo? Te fiz alguma coisa?

— Eu matei alguém... — Ele diz depois de muito tempo, sentindo dormência nas mãos. — Eu matei alguém sem nenhum resquício de culpa e a sangue frio. — Ele sente seus olhos marejados.

— Ele te fez tanto mal-

— Fez, porra! Mas eu não sou como você que consegue matar as pessoas como se fosse um animal! — Ele se altera com lágrimas rolando de seu rosto. Lucas estava boquiaberto, porque Jungwoo jamais elevou a voz para ele e o culpou por algo.

— É, então por que está comigo? Você sabia como eu era e mesmo assim ficou atrás de mim. Eu realmente sou culpado por tudo?! — Agora Jungwoo sabia que ambos iriam destilar veneno para o outro. — Você está comigo porque quis, traiu ele porque quis, transou comigo porque VOCÊ quis. E matou ele porque você também QUIS! Eu não te obriguei a nada e como sempre te alertei pra não fazer isso, que poderia arruinar sua vida e mente, mas você não me ouviu! — Ele diz seriamente olhando fixamente nos olhos de seu amante. — Eu realmente te forcei? Hein, Jungwoo? — Ele se levanta, inclinando seu corpo na mesa,ficando mais perto de Jungwoo, o encarando. — Eu sou um monstro e você disse que me amava, se você ainda se ama, eu acho melhor meter o pé e reconstruir sua vida, eu não quero te causar mais problemas. Eu nem sei porque fui ficar com você, na verdade você é só um garoto.

Jungwoo apenas encarava Lucas nos olhos, tentando não chorar mais e não se sentir culpado. Lucas estava certo, ele havia feito tudo por pura e espontânea vontade e ele jamais o havia obrigado a isso.

— Cala a boca, porra! — Ele se altera agarrando Lucas pelo cabelo, selando seus lábios, iniciando um beijo afoito e desesperado. — Cala a porra da boca. — Ele diz ofegante mordendo fortemente os lábios de Lucas que gemeu baixo entre o beijo, apoiando na mesa com uma das mãos.

Nem Lucas sabia direito o que tinham ou o que sentiam, porque na mesma hora em que estavam discutindo, quase se matando, estavam se beijando loucamente como se não houvesse outra coisa melhor para fazer do que isso.

Rapidamente, Jungwoo se levantou da cadeira e prensou o corpo de Lucas contra a quina da mesa, agarrando-se em seus cabelos, enquanto beijava e mordia seus lábios.

— Me desculpa por tudo que falei. Eu te amo, Lucas. — Jungwoo confessa beijando o pescoço do mais velho, deixando marcas, levando sua mão para sua ereção que roçava em sua coxa.

— Está tudo bem, amor. — Lucas retribui o beijo, mordendo levemente seus lábios, agarrando em sua cintura com vontade e o colocando sentado na mesa. — Está tudo bem, porque eu te amo. — Ele diz baixinho beijando o pescoço de Jungwoo e lambendo em seguida. — Eu te amo, Woo. — Ele diz segurando em seu rosto, encarando seus lindos olhos brilhantes.

O filho do Pastor  ⋆  Nomin Where stories live. Discover now