61 O passado bate a porta

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Na hora certa fui para o curso, mas estava ansiosa para que o mesmo acabasse, porém eu não era a única ansiosa naquele lugar, Eugène fez um sinal para mim ,deixando claro que queria conversar, o que fez com quê algumas alunas  olhassem para mim com olhares maldosos. Para não levantar mais suspeita fui até onde estava a Gárgula enquanto Eugène se despedia de alguns alunos e tirava dúvida de outros.

- Eu ainda não consegui a cura para essa maldição mas pelo menos não terá que esperar até a lua cheia para acordar. - Falei olhando para a face perfeita da  inspiração do meu novo livro.

Após longos minutos e sem nenhum dos alunos por perto o restaurador pareceu atrás de mim e falou:

- Você realmente está apaixonada pela Gárgula?

- Não é como objectophilia, tenho certeza que se ele fosse um ser inanimado, sem nenhuma personalidade eu não teria me apaixonado por ele. Era estranho pois o meu coração estava totalmente confuso, eu gostava de Jean, mas também de Pierre é claro que Jean facilitou  a minha decisão quando me agrediu. Eu ficava com a consciência muito pesada pois estava com o meu marido e pensando em outra  pessoas. Era tudo muito estranho. Aliás muito obrigado por não ter contado nada para Karen. - Falei ainda olhando para o rosto perfeito da escultura.

- Achei melhor deixar ela fora disso, não sei se tem algum perigo e Karen não é muito boa em guardar segredos, quando soube que assinaria com a empresa de xtreme não conseguiu nem esperar que você chegasse em casa , teve que te avisar tirante a entrevista. Não consigo pensar no que ela faria sabendo que uma Gárgula pode realmente voltar à vida, mesmo que fosse apenas em luas cheias. - Eugène falou olhando para Pierre. - Sobre a gárgula, o que aconteceu para ela ficar assim?

- O duque pagou a uma bruxa para que o transformar-se em uma escultura , ela se apaixonou e acabou o  transformando em uma gargula. Ela fez isso porque achou que teria a oportunidade de quebrar o feitiço mas o duque ordenou a morte da bruxa , então Pierre só pode voltar a vida nas noites de lua cheia.
Sobre essa parte específica da história , achei uma bruxa que pode trazer Pierre de volta sempre que ele quiser mas ainda estará em forma de Gárgula.

- Emma,  passa por tua cabeça trazer Pierre Durand de volta ?

- Sim , Eugène, não há nada do que eu queira mais do que trazê-lo de volta.

- Emma, a  vida não é como nos romances , que você escreve mesmo que conseguisse trazê-lo de volta isso não quer dizer que ele passaria o resto da vida com você , é como a karen e eu, não é porque coloquei um anel em  um dedo da Ka que ela passará  o resto da vida comigo. Emma Pierre talvez não estaria preparado para o nosso mundo, ele é quase tão antigo quanto esse catedral. O que estou falando é que o felizes para sempre , nem sempre acontece.

- Eugène, se algum dia eu tiver a mínima chance de trazer Pierre Durand de volta, eu irei fazer tudo o que eu puder para que isso aconteça.

Eugène me fez uma série de perguntas sobre a Gárgula e Pierre, ainda estavamos conversando quando Karen ligou para seu noivo bastante nervosa  e falou  :

- Amor terei que desmarcar o nosso jantar, finalmente acharam o carro do meu ex-marido no rio Sena o capitão Lohan pediu para que eu o acompanhasse até o local onde estão retirando o mesmo, parece que com a falta de chuva o rio desceu bastante e algum barco acabou raspando o casco no automóvel que foi achado bastante longe do centro de Paris .

- Vida, vai mandando sua localização, eu irei até onde está o carro, não te deixarei  sozinha em um momento como esse. - O restaurador falou enquanto se despedia de mim apenas tocando o meu ombro e sussurrando por estar em uma igreja continuo conversando com a noiva enquanto perguntava detalhes do ocorrido.

Eugène

Eugène

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Gárgula ( +18)Where stories live. Discover now