͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏𝗇𝗂𝗇𝖾

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Finalmente no quarto, Hawke começou a procurar pelo inalador da garota pelas gavetas de Amber.

── Tem alguma ideia de onde possa estar?

Carpenter negou com a cabeça.

── Acho que no armário ou nas gavetas... acho que nem Amber sabe onde está, sendo sincera.

Ambas riram enquanto Tara se sentava na cama e Tori prosseguia sua procura. O silêncio que se instalou no local era difícil de descrever, era apenas interrompido por gavetas abrindo e fechando, mas as duas podiam se manter assim por horas. Algo gritava para as duas que aquela podia ser a última vez, afinal, Tara estava fugindo.

Tori era incapaz de ficar brava com aquilo, se pudesse com certeza faria o mesmo sem pensar duas vezes.

── Ei... - A morena a chamou um pouco baixo.

Tudo o que fez quando a ruiva olhou para ela foi fazer um sinal para que se sentasse ao seu lado.

Foi o que ela fez.

── O que foi? Está com dor?

Mesmo não demonstrando, Tara achou a preocupação de Victoria adorável. Ela negou com a cabeça abrindo um sorrisinho bobo nos lábios.

── Não, só não queria ter que acabar com... seja lá o que temos...

── É... espera, o que temos? - Hawke parecia genuinamente confusa e surpresa.

── Não temos algo? Digo, não é sempre que você beija alguém no hospital daquele jeito...

Tori corou dos pés a cabeça, sentiu tudo queimar e nem sabia que isso era possível. Claro que a única opção de Tara foi rir daquilo.

── Tá, entendi... - A ruiva concordou depois de um tempo processando aquilo.

Tinham tantas coisas em sua cabeça que não focava em nenhuma delas, assim como o furacão de emoções que quase explodia em seu peito. Naqueles segundos que pareciam horas uma encarava os olhos da outra, e, enquanto Carpenter navegava por todo mar nos olhos de Tori, Hawke explorava cada detalhe dos olhos escuros de Tara.

Foi com certeza uma das sensações mais loucas que já sentiu na vida. Sentia que a morena realmente gostava dela, não era como se sentir amada, era até melhor. Sentia que alguém gostava dela daquele jeito e somente daquele jeito.

Um choque percorreu todo o corpo de Tara ao sentir as mãos de Victoria em seu pescoço, eram definitivamente mãos geladas que somente ela poderia esquentar, mesmo sem saber disso ainda.

Carpenter só queria poder levar Hawke com ela para fora daquele lugar amaldiçoado. Como dormiria todos os dias sabendo que a garota que lhe faz sentir coisas pode morrer a qualquer momento? Era torturante.

Só não mais torturante que o jeito que a de olhos azuis a beijava, chegava a ser irritante de tão perfeito. Mesmo com os machucados em seus lábios não os deixando macios era algo tão específico que jamais viveria com outra pessoa.

Porque... no final de tudo, só existe uma Victoria, e por sorte é essa quem Tara se apaixonou.

Aquilo até deixava a morena irritada às vezes, como alguém como Tori podia fazer ela se sentir daquele jeito? Mas do que poderia reclamar, certo? Victoria era deslumbrante aos olhos de Carpenter.

Como nem tudo são flores, quando tudo parecia estar tranquilo, eram apenas beijos extremamente apaixonados, alguém bateu na porta.

A ruiva pulou para trás, assim como fez no hospital, e, mais uma vez, quase caiu da cama no nervoso. Não era Finn dessa vez, deixando o constrangimento todo nas mãos de Tara, que encarava a irmã pensando em como não se complicar ainda mais com uma simples fala.

𝗕𝗢𝗥𝗡 𝗧𝗢 𝗗𝗜𝗘  :  𝗍𝖺𝗋𝖺 𝖼𝖺𝗋𝗉𝖾𝗇𝗍𝖾𝗋 ੭ Where stories live. Discover now