CAPÍTULO 49

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Tempos depois

POV LAUREN JAUREGUI

Eu não sei por onde começar a definir tudo o que eu e Camila passamos juntas nesses últimos dois anos.. foram tantos desafios, tantos impasses, tantas provações que no fim só serviram para mostrar a grandeza do nosso amor. Só serviram para deixar claro que o que é para ser tem muita força.

Me orgulho muito da maneira como temos construído a nossa relação com bases fortes. Obviamente, nem tudo são flores, temos lá nossos desentendimentos mas no fim das contas a vontade de querer fazer dar certo, o respeito, a compreensão e o amor fortificam tudo.

Lembro bem que não foi nada fácil quando voltei a dar aula na Universidade, era tão ruim cruzar o caminho dela e não poder beija-lá, demonstrar carinho e afeto.. mas tudo isso passou, como toda aquela fase louca e infernal proporcionada por aquelas duas psicopatas que, felizmente, continuam presas.. no fim tudo passa!

Não posso negar que atualmente estamos na melhor fase do nosso relacionamento. Nossas rotinas, apesar de insanas, se encaixam do jeito que dá. Eu divido o meu tempo entre o hospital, a Universidade e algumas idas ao Orfanato. Já Camila, entrou no quarto ano do curso de medicina e, consequentemente, no internato onde tudo se torna ainda mais puxado.. mesmo assim, ela tem tirado de letra e consegue até mesmo prestar serviços para o orfanato.

E é ao olhar para tudo, para toda a nossa trajetória que eu consigo ter ainda mais certeza do passo que quero dar hoje. É incrível como parece que eu consigo amá-la cada dia mais.. a cada troca de olhar ao amanhecermos juntas, a cada bilhetinho que ela deixa em lugares estratégicos, a cada mensagem de cuidado e proteção, a cada brincadeira ridícula que me deixa irritada mas faz ela gargalhar ( e eu amo isso! ), a cada noite que ela perde estudando e eu fico ao seu lado, lhe ajudando e lhe apoiando.. a cada vez que nos amamos como se o mundo fosse acabar ou como se tivéssemos o controle remoto do tempo.. a cada hora, minuto, segundo.. cada vez mais, para sempre.

– O que você acha? — questionei a Dinah.

Estávamos na minha sala no hospital, pedi para que Dinah viesse até aqui para contar-lhe melhor os meus planos. O que não foi um sacrifício para a mesma, já que vir ao hospital significa aproveitar para ver a sua namorada. Sim, de uma maneira arrebatadora, Dinah e Normani nunca mais se desgrudaram.

– Eu acho uma péssima ideia — negou com a cabeça secando rapidamente uma lágrima — não é justo! Você vai tirá-la de mim — resmungou me fazendo rir.

– Deixe de ser dramática — revirei os olhos rindo — Camila malmente vai ao apartamento de vocês — dei risada — e você malmente vive lá também — me referi ao fato dela e Normani realmente não se desgrudarem.

– Não importa — resmungou — ela vai amar, Lauren — suspirou sorrindo — sou feliz e grata por Camila ter te encontrado — olhou nos meus olhos — a felicidade que desejo para vocês é a mesma que desejo para mim e o meu amor — disse sincera, me deixando emocionada.

Não pensei duas vezes e levantei para abraçá-la. Dinah, durante todo esse tempo, também se tornou uma grande amiga minha. Além de ser a psicóloga oficial do nosso relacionamento!

– Obrigada, Jane! Por tudo! — fui sincera e sorri ainda mais ao ver como ela chorava — deixe de ser chorona, criatura — empurrei seu ombro fazendo a mesma rir.

Antes que encerrássemos o abraço, ouvimos duas batidas leves na porta e logo uma Camila de scrub preto adentrou a sala, me fazendo suspirar. Discretamente Dinah colocou a pequena caixinha preta no bolso interno do jaleco, me fazendo agradecer com um sorriso.

Doutora! Where stories live. Discover now