CAPÍTULO 22

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               POV LAUREN JAUREGUI

Eu queria aproveitar a viagem para me reaproximar de Camila. Eu realmente quero consertar as besteiras que acabei fazendo. Então, passei boa parte do voo pensando no melhor jeito de fazer isso.

– Minha cabeça está explodindo — Normani reclamou enquanto andávamos pelo hotel, já havíamos descansado durante o dia e resolvemos sair para jantar.

– Por quê não vai ao médico? — perguntei prendendo um riso.

– Engraçadinha — ela revirou os olhos enquanto tomava um analgésico.

O frio estava mais intenso do que o esperado, então nos aquecemos bem. Escolhi uma mesa com a Mani, e entre conversas e risadas, jantamos.

– Por mim por hoje já deu — Normani avisou — minha cabeça ainda não passou e eu preciso estar bem para amanhã — explicou me olhando.

– Tudo bem, Mani — afirmei sorrindo — pode ir, vou ficar mais um pouco — suspirei — melhoras e boa noite — desejei antes de receber um beijo dela na minha cabeça.

Continuei na mesa, entretida com os meus próprios pensamentos enquanto desfrutava de um bom chocolate quente para me esquentar.

Até que vi aqueles olhos castanhos.

Vi Camila caminhar até uma das mesas, enquanto nitidamente esfregava as suas mãos, possivelmente tentando conter o frio.

Será que ela não havia trago luvas?

Tentei disfarçar e me mantive no mesmo lugar, ora ou outra observando-a. Não queria que ninguém da Universidade percebesse algo, então tentei ao máximo me conter.

Por mais que eu quisesse falar com ela, resolvi ir embora minutos depois que o Sr. Wilson resolveu me fazer companhia. Não demoraria muito para ele notar que a minha atenção estava em uma certa mesa.

Eu só não esperava que, após entrar no elevador, teria a companhia dela. Aliás, pela reação da mesma, ela nem se quer notou minha presença ali.

Tentei puxar assunto, tentei quebrar aquele clima estranho.. mas daí ela surtou, e a gota d'água para mim foi quando ela mandou eu ir me lascar.

Quando eu digo que é uma criança atrevida..

E, mesmo ouvindo duras verdades saindo da boca dela, eu resolvi responder ao seu atrevimento a altura. A verdade é que eu não estava mais suportando estar tão perto dela e não poder ao menos toca-la.

Mais uma vez, senti os seus lábios colados aos meus e pude senti como se pudesse tocar o céu. Beijar Camila é um privilégio que, sinceramente, eu desejo somente a mim.

Os lábios macios e convidativos, a pele suave e delicada. Camila era a definição de perfeição. Ela era perfeita. Em todos os sentidos e jeitos, de uma maneira que me fazia querer somente enaltecê-la como ela merece.

Eu não conseguia me conter ao estar perto dela, não depois de sentir tanta saudade como eu senti nas últimas semanas. Não depois de entender que ela havia sim conquistado algo dentro de mim. De uma maneira avassaladora. Ninguém nunca havia tido tanto de mim em tão pouco tempo. Ninguém.

Não pudemos prolongar o nosso momento, e foi até bom, porquê antes de qualquer coisa, eu só quero conversar e esclarecer tudo para ela. Não quero errar de novo, não com ela.

Assim que retornei para o meu quarto, liguei para a lojinha do hotel e pedi para que me entregassem um par de luvas. Recebi a entrega e coloquei um cartão na embalagem, pedindo para que fosse entregue no quarto dela.

Doutora! Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin