𝗕𝗢𝗥𝗡 𝗧𝗢 𝗗𝗜𝗘 : 𝗍𝖺𝗋𝖺 𝖼𝖺𝗋𝗉𝖾𝗇𝗍𝖾𝗋 ੭

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏𝗌𝖾𝗏𝖾𝗇

Já tinha um curativo em seu rosto e seu nariz não sangrava mais. Todas aquelas sirenes do lado de fora do hospital invadiam sua mente a embaralhando por completo, Sam conversou com Finn por alguns minutos pelo telefone e ele estava a caminho. Estava abalado também, muito abalado.

Era horrível pensar daquela forma, mas se recebesse a notícia que seu pai faleceu talvez não doesse tanto quanto Dewey.

Como um cara de máscara consegue arruinar a vida de tanta gente em tão pouco tempo?

Assim que foi liberada, caminhou lentamente até a recepção onde encontrou Gale com os olhos inchados, com toda certeza ela já sabia.

A mais velha notou a presença da ruiva rapidamente, e se levantou a surpreendendo com um forte abraço que a fez cogitar estar sonhando. Aquele abraço a lembrava o abraço de sua mãe, assim como o abraço de Dewey a lembrava o de seu pai. Era uma sensação estranha mas tão boa ao mesmo tempo que ela nunca contou para ninguém sobre aquilo.

E sem dizer nada, as duas se sentaram de volta no sofá, Tori usando o ombro de Weathers como um travesseiro. Estava exausta e aquele dia nem havia acabado ainda.

Os olhos da mais nova pesavam enquanto ela tentava se manter acordada, até não conseguir mais e adormecer no ombro da morena. Não sonhou com nada, talvez demorasse até ela voltar a ter sonhos.

Sam as observava de longe, conversava com algumas enfermeira sobre como sua irmã estava e se aliviava ao ouvir que estava tudo bem. Seu namorado se mantinha do lado de fora próximo dos policiais respondendo algumas perguntas.

Tara, assim como Victoria, estava adormecida na maca de um novo quarto do hospital, onde somente ecoavam os bipes da máquina ao lado de sua cama.

O sono das duas durou apenas alguns minutos, Hawke despertou ao sentir alguém se aproximando deles, e, para a surpresa da mesma, logo encontrou Sidney Prescott em frente as duas.

Gale se levantou mais uma vez indo a abraçar, Tori não sabia exatamente o que sentia, e por isso também se levantou e abraçou a mais velha fortemente, recebendo um beijo no topo da cabeça.

── Você cresceu tanto - A morena disse analisando o rosto da ruiva.

Por maior que estivesse, ainda tinha os mesmo traços marcantes de sempre, sendo suas sardas um deles.

── Acho que sim - Ela responde com um sorriso fraco no rosto.

── Onde tá o Finn?

── Está vindo, vai ficar feliz de te ver.

Sam mais uma vez observava as três de longe, seguindo para o quarto onde estava sua irmã, a mesma havia acordado segundo a enfermeira.

Antes que pudessem se sentar novamente, um garoto loiro adentra o hospital às pressas, seus olhos estavam vermelhos pelo choro e tinha um casaco em suas mãos. Hawke não pensou antes de correr até ele o abraçando o mais forte que conseguia naquele momento, nenhuma palavra foi necessária para saberem exatamente como cada um deles se sentia.

Ao desfazer o abraço, a mesma expressão de surpresa que a ruiva teve invadiu o rosto de Finney ao encontrar Prescott ali. Mais um abraço aconteceu e, assim como a mais nova, ela analisou o rosto do garoto.

── Você está enorme, Finn, está igual ao seu pai, exceto pelos olhos, os olhos são o de sua mãe.

Depois de dar mais um abraço, agora em Gale, os quatro se sentaram nos dois sofás que rodeavam a pequena mesa de centro. Finney colocou seu casaco sobre o ombro de Tori dizendo que estava frio, mesmo ela não sentindo nada disso.