SWEET ARROW {SHAWMILA}

Capítulo 54

OIEEE
FALTA POUQUÍSSIMO PARA ENCERRARMOS ISSO AQ!!

Boa leitura!!
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SHAWN

— ESTE É O PONTO EM QUE EU DEVERIA, SUPOSTAMENTE, implorar pela minha vida? — Perguntei enquanto Justin e Selena colocavam os outros prisioneiros na carroça, Hailey e Ariana me levaram para a floresta e me prenderam a uma árvore.

— Pode ser. — disse Hailey. — Apenas fique quieto e ouça.

Ouvir o quê?

Elas se viraram e foram embora, e eu me perguntei se o plano seria me deixar aqui para apodrecer — ou ser comido por um candok.

Minutos depois, ouvi um farfalhar atrás de mim. Passos humanos. Não de um candok. Eu não sabia ao certo se isso me preocupava menos.

Camila surgiu e ficou de frente para mim, dizendo que gostaria que eu a ouvisse sem dizer nem uma palavra. Havia coisas que eu precisava ouvir. Ela me amordaçaria se fosse necessário.

— Você pode me poupar de mais um sermão sobre ser um ladrão...

— Eu disse nem uma palavra.

Fiquei furioso. Lutei contra a corda que me prendia.

— Você tem um público realmente cativo.

Eu não disse mais nada. Ela ficou andando de um lado para o outro diante de mim enquanto falava, tentando me convencer de que Beaufort havia jogado comigo. Sua voz estava desprovida de qualquer emoção, e seus olhos estavam tão alheios quanto.

— Permita-me informá-lo das particularidades dos crimes dele.

Ela me contou que Beaufort tinha sido um membro de confiança do gabinete morriguês — um homem que tinha riqueza e uma boa posição na sociedade, porém queria mais, e conspirou com o Komizar para conseguir isso. Ela entrou em detalhes, dizendo que os crimes dele variavam, desde se infiltrar na cidadela morriguesa com soldados inimigos até envenenar o rei e planejar um ataque que matou o príncipe da coroa.

Minha mente ia conferindo os detalhes que ela lançava para cima de mim, absorvendo a versão dela e a de Beaufort, dois cenários, duas possíveis mentiras, duas possíveis verdades. Ela continuava a andar de um lado para o outro, com seu comportamento desprovido de emoção, exceto pelas mãos, que batiam em suas coxas no ritmo de uma dança nervosa.

— Eu mencionei os trinta e dois jovens soldados que também morreram no massacre que ele orquestrou? E naquele ponto ele estava só se aquecendo. Seus crimes continuam a partir daí. Você verá isso em breve.

Ela prosseguiu.

— Percebo que você não sabia sobre os outros homens. Torback e Phineas são eruditos morrigueses capazes de decifrar os segredos dos Antigos e trazê-los à vida novamente. Também são traidores. Eles fizeram votos para servir aos deuses, mas, em vez disso, servem a si mesmos.

Ela me contou que Sarva, Kardos e Bahr eram vendanos.

— Todo mundo achava que eles tinham morrido no campo de batalha. Havia tantos corpos tostados que era difícil saber quem era quem, mas alguns de seus pertences pessoais foram encontrados. Obviamente, eles fingiram suas mortes antes de fugir.

Ela disse que Kardos fora um general no exército do Komizar e que usava crianças tão novas quanto Lydia e Nash nas linhas de frente. Esse era o seu método para intimidar os soldados inimigos antes de seguir com sua cavalaria.

— Sarva era governador de uma província vendana, e Bahr era um guarda do Sanctum.

Ela disse que eles conduziram um ataque contra cidadãos desarmados, assassinando-os brutalmente nas ruas. Famílias inteiras morreram. Crianças, pais, avós. Uma dessas famílias era a de Hailey. Ela segurou o pai enquanto ele morria em seus braços.