"- É esquisito, não - disse ele.
- O quê? - respondi com uma pergunta, a voz baixa demais.
- Esses momentos em que não estamos nos odiando."
***
Quando o patriarca do império Mendes morre, seu filho, Shawn, torna-se seu novo líder. Até mesmo os rei...
Oieee, volteiii! Espero q vcs gostem! Eu simplesmente amei esse e os próximos capítulo!!!
BOA LEITURA!!!
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CAMILA
— PELOS DEUSES, CAMILA. Nós temos de chamar um curandeiro. Fikatande dragnos!
Não foi só surpresa que eu ouvi na voz de Hailey. Foi medo.
— Não. Ficarei bem. — Hailey e Ariana me ajudaram a entrar na banheira, de modo que eu não deixasse cair mais sangue no chão. — Só me ajudem a enfaixar o machucado de novo.
— Não até que esteja limpo. — argumentou Ariana.
Ela se recordou de algo que aprendemos em nosso treinamento.
A verdade era que nenhuma de nós tinha sofrido um ferimento mais sério até então, e isso se devia ao fato de que nós éramos boas naquilo que fazíamos — apenas os outros saíam feridos.
O problema era que nenhuma de nós sabia ao certo como limpar ferimentos e eu não tinha certeza se eu queria fazer isso.
A dor já estava dificultando minha concentração. Precisei de todo o meu autocontrole para impedir que minhas mãos tremessem, o que não fazia sentido algum porque elas não estavam machucadas.
Fechei os dedos nas palmas da mão para mantê-los parados.
Hailey deu uma olhada mais atenta no machucado e tirou a bandagem com outra longa série de xingamentos contra as feras pretas e cheias de dentes.
Eu mal tinha conseguido voltar para o meu quarto quando Hailey e Ariana chegaram para o jantar de hoje à noite. Brian as havia deixado na minha porta cedo o bastante para que esperassem a chegada da noite comigo, mas ele não tinha me visto. Gritei de dentro da câmara de banho, nos meus aposentos, para que elas entrassem.
O ar escapou da minha garganta com um calafrio quando ergui o pé para entrar na banheira. Eu deveria ter usado minhas botas, mas os chinelos eram mais silenciosos.
O animal pegou meu tornozelo, e as mordidas chegaram até os ossos. Os furos feitos por seus dentes ardiam como se atiçadores em brasa estivessem apunhalando minha carne, e havia um rasgo irregular de uns três centímetros na parte interna da minha panturrilha. Era dali que vinha a maior parte do sangue.
— E se tivesse furado uma artéria? — disse Ariana, choramingando. — Você poderia sangrar até morrer!
— Fale baixo. — avisei. — Se tivesse furado algo vital, eu já estaria morta. Foi um longo caminho para vir do túnel até aqui.
