Capitulo 20

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Oieeee, volteiiii!!
Espero que gostem do capítulo! Comentem aí oq estão achando!
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Camila

MERGULHEI EM UMA BANHEIRA, APROVEITANDO O FLUXO DE ter água quente. A câmara de banho era excessivamente grande, assim como a própria banheira. Óleos de lavanda doce espiralavam sobre o que parecia ser um reluzente tapete borbulhante na água.

Os dedos dos meus pés se mexiam sob a superfície, regozijando-se com os indulgentes e sedosos óleos que deslizavam entre eles. Oleez havia acendido uma vela em um canto e me deixou ali um prato com queijo, pão achatado e pequenos frutos para mordiscar enquanto ela pegava outras roupas para eu me vestir. Se isso era estar sob custódia, eu era completamente a favor.

Não havia nenhum motivo para que eu não pudesse aproveitar a hospitalidade dos Mendes enquanto prosseguia com o meu trabalho.

Shawn pediu que Oleez me escoltasse até aqui enquanto ele ia direto para uma reunião com sua família. Eu tinha certeza de que, depois da ausência dele, eles tinham muito sobre o que falar e colocar em dia, inclusive em relação a mim.

A família dele caminhara logo atrás de nós enquanto voltávamos para a torre da Vigília de Tor, e eu sentia seus olhos nas minhas costas a cada passo que eu dava. Eles eram tão protetores em relação a ele quanto ele em relação à família.

Shawn ficou calado o caminho inteiro, mas deixou sua mão repousada nas minhas costas porque, sem sombra de dúvida, Zayn e os outros observavam nossa partida. Tão logo havíamos passado pelos portões da torre da Vigília de Tor, ele tirou a mão dali e deu ordens para que eu fosse escoltada para algum outro lugar.

Ele não se despediu de mim, e, em silêncio, eu o aplaudi por manipular tão bem as aparências. Porém, quando ele abraçou Lydia e Nash, aquilo não tinha nada a ver com aparências. Alguma coisa em relação àquele momento voltava à minha mente repetidas vezes. A ternura. Aquilo era real. Algumas partes de Shawn eram...

Deslizei sob a água, esfregando meu couro cabeludo, desejando que a água quente pudesse não apenas lavar a sujeira da terra, mas também levar embora esses últimos dias.

Quando aquela espécie de velório havia acabado e a porta da tumba finalmente fora fechada, a família permaneceu estoica, embora os olhares cintilassem e os olhos da mãe dele estivessem cheios de lágrimas, sua fachada pétrea partindo-se, por fim. Eu me peguei invejando o término representado pela porta da tumba que se fechava, uma certeza que eu nunca haveria de ter.

Irrompi na superfície da água e fiquei ofegante, buscando o ar. A cálida luz da vela dançava na parede, e o único som era o gentil espirrar da água. Ergui a perna, ouvindo as gotas que caíam em cascata, e inspecionei os dedos dos meus pés, agora limpos, e as cascas de ferida que ainda circundavam o meu tornozelo como se fossem uma coroa de espinhos — coroa esta que encontrava um par no tornozelo de Shawn.

A corrente já não estava mais ali, mas a conexão ainda retinia nos cantos da minha mente. Eu me levantei e me enxaguei com o jarro de água quente que Oleez havia deixado na mesa. O espesso robe branco deixado ali também era luxuoso, e esfreguei-o junto à minha bochecha antes de vesti-lo. Wren adorava coisas macias. Ela se deliciaria com isso tanto quanto eu, isso se ela e Ariana estivessem aqui. Será que elas estavam mesmo aqui? Ou estavam escondidas, esperando que eu aparecesse? Seria a primeira coisa que eu teria de descobrir.

Quando saí da câmara de banho, eu me senti estranha por Shawn já não estar a poucos metros de mim, esquisita por não ouvir seus passos, sua voz, e me peguei olhando de relance para o lado, apenas por hábito, esperando vê-lo.

SWEET ARROW         {SHAWMILA}Where stories live. Discover now