Capítulo 24

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Eai, voltei! Espero que gostem do capítulo!
Eu simplesmente amei esse capítulo! A forma que a magia é vista!

Boa leitura!!
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CAMILA

ASSIM QUE CHEGAMOS À BOCA DO INFERNO, FUI CONDUZIDA por Karen, Aaliyah, Madson, Nash e Lydia — éramos como uma tropa que seguia em direção à costureira.

— Não a mantenham lá por muito tempo. — Shawn havia gritado depois que nos afastamos, com uma expressão exasperada obscurecendo o rosto.

Era óbvio que isso não fazia parte de seu plano, mas, aparentemente, a mãe e as irmãs de um Patrei podiam passar por cima dele em algumas questões.

Karen disse que seria melhor fazermos essa visita à costureira logo, para que ela tivesse tempo de fazer algumas modificações nas roupas. Ela achava necessário que eu tivesse minhas próprias roupas para usar durante a estadia na Boca do Inferno, e não apenas peças emprestadas.

Eu tive de concordar, principalmente em relação às roupas de baixo. Prometi pagar por isso, mas ela dispensou minha oferta, dizendo que era o mínimo que podia fazer depois de eu ter ajudado seu filho a escapar dos caçadores de mão de obra.

A culpa me despedaçava. Ela não fazia a mínima ideia de que eu havia sido forçada a ajudá-lo e que minha intenção era usá-lo para os meus propósitos pessoais.

Minhas metas e minha lealdade não haviam mudado. Desde que a rainha me pedira para encontrar o fugitivo, eu imaginava o grande momento em que eu lhe entregaria o traidor evasivo.

Você pode consertar algumas coisas.

O momento havia se fixado nos meus pensamentos. Tornou-se uma espécie de cor reluzente atrás dos meus olhos, uma cicatriz prateada sobre uma ferida que havia ficado aberta tempo demais, ou uma pedra dourada em um muro alto que poderia finalmente apagar os meus erros. Eu precisava acreditar que talvez até mesmo uma reles pessoa como eu era capaz de fazer qualquer diferença que importasse neste mundo. Isso se tornou uma necessidade profunda e eu fiquei preocupada...

E se o capitão da Vigília tivesse desaparecido? E se ele não estivesse aqui no fim das contas? Às vezes as pessoas desapareciam e não importava o quanto se quisesse encontrá-las, elas nunca seriam vistas de novo.

Era perturbador ser atraída para o círculo familiar deles. Certamente eu era boa o bastante nas conversas — essa era uma das minhas ferramentas de trabalho. Quando eu era forçada a travar conversa com um mercador em vez de simplesmente sair de fininho com as mercadorias roubadas, eu tinha de redirecionar os pensamentos deles, fazer com que ficassem tão hipnotizados com alguma coisa a ponto de não perceber mais nada, como o caçador de mão de obra, tão empenhado em responder à charada cuja resposta eu segurava que acabou se esquecendo de que levava as chaves presas ao lado do corpo.

Mas isso era diferente. Era, de longe, bem mais íntimo — as conversas deles, suas risadas, os toques e os cutucões.

Não parecia certo que eu estivesse ali no meio e, ainda assim, isso me intrigava tanto quanto ouvir uma língua estrangeira, tentando entender as nuances por trás de suas palavras. Elas seguravam o tecido junto ao meu rosto e me perguntavam o que eu achava dele. Eu não sabia o que achar. Deixei que elas decidissem.

A costureira tirou minhas medidas rapidamente e os tecidos foram escolhidos. A única vez que haviam tirado as minhas medidas para fazer roupas foi quando me tornei uma soldada Rahtan.

Nós não tínhamos uniformes. Escolhíamos nossas próprias roupas, e eu escolhi as minhas com cuidado.

Eu sentia falta das minhas botas e da camisa que eu tinha sido forçada a retalhar para cruzar o Canal dos Ossos, mas, acima de tudo, sentia falta do colete de couro que os caçadores tinham tirado de mim enquanto eu estava inconsciente. Ele não era exatamente como o anel de Shawn, mas simbolizava algo — a reverenciada thannis de Venda estava graciosamente estampada no couro acobreado. Tinha sido a mais bela peça que eu já possuíra na vida.

SWEET ARROW         {SHAWMILA}Where stories live. Discover now