Onde há Fumaça há Fogo

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-Mas, ela não se lembra. Essa é a maldição.

-Não, isso faz parte do desejo e não é assim que você vai desfaze-lo. Veja, há uma parte dela que sabe da verdade. Essa é a fagulha da qual você precisa para acender o fogo. Mas não com o amor, não dessa vez. Você poderia sim reconquistar o coração da Emma Swan e continuar beijando-a pelo resto de suas vidas, mas isso não faria com que as suas memórias voltassem, porquê o desejo nunca foi sobre o amor de vocês. Ele foi sobre quem a Emma é, uma Salvadora. Uma heroína. É disso que ela precisa se lembrar. É disso que você precisa lembrá-la.

-Como então? É muito fácil falar quando se está preso dentro de uma cela. - Suspirei e foi quando a porta da minha cela se abriu.

-Não precisa se animar, só estou devolvendo o favor. Afinal, ninguém merece ter um vizinho de cela como esse. - Era a Zelena quem dizia.

-As irmãs Mills, minhas duas maiores aprendizes finalmente juntas. - Rumple ria e batia palmas.

-Okay, Rumple, precisamos ir. - Disse.

-Você sabe por que a Emma Swan se tornou Salvadora? - Parei e olhei intrigada. - Você. - O observei confusa. - Isso mesmo. Você. A fagulha sempre esteve lá, você só a atiçou. Afinal, todo herói precisa de um vilão. A Rainha Má. Mas, a Rainha Má de verdade, não essa versão patética na minha frente. - Vi a Zelena me olhar de cima abaixo e rir. - Uma Rainha com poder e propósito como a que eu conheci. Uma Rainha que lembrará a Emma Swan que o mundo precisa de uma Salvadora. - Parei por um momento pensando no que ele estava falando. - Oh, eu estou certo. Mostre um pouco da sua escuridão e a Salvadora renascerá.

Sorri e eu e Zelena demos as costas para ele novamente:

-E essas barras? Não? - Ele batia nas grades da cela.

-Desculpe, mas somos apenas velhos amigos conversando. Não fizemos nenhum trato, lembra?

-Oh, eu estou ciente, velha amiga, mas você... Pode saber como acordar a Emma, mas você não sabe como voltar para... Como se chama? Storybrooke.

-Como você sabe esse nome? - Perguntei, mas ele apenas riu.

-Isso não importa. O que importa é que... Eu posso encontrar um feijão mágico.

-Regina, não confie nele! - Disse Zelena.

-Onde?

-Isso tem um preço. - Revirei os olhos.

-Regina, não! - Zelena disse, mas eu já tinha aberto a porta da cela.

-Finalmente! - Rumplestiltiskin saiu comemorando, e inalando uma grande quantidade de ar como se buscasse por ar puro. - Aqui ainda fede. Eu acho que preciso de ar fresco.

-O feijão. - Lembrei.

-Sim, claro. Me encontre amanhã ao meio-dia no lago.

-Amanhã ao meio-dia então. - Sorri.

-Eu não sei o que houve com você, Queridinha, mas você não inspira tanto medo. Se vai brincar de Rainha Má, você deveria pelo menos parecer com ela. - Assim fiz um gesto com as mãos e troquei a minha roupa e cabelo para um dos trajes da Rainha Má. - Que tal agora?

-Melhor! Muito, muito, muito melhor! - Rumple batia palmas animado. - Agora vá! Seja má. - Ele disse e eu sorri seguindo o meu caminho.

-Okay, qual o plano agora?

-Bom, eu tenho uma cerimônia para impedir, já você... Preciso que me ajude a passar pelos guardas. - Disse e ela assentiu.

Ruby

E Se SwanQueen Tivesse Acontecido?Where stories live. Discover now