Onde há Fumaça há Fogo

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Emma

Era tão estranho, pois enquanto a Rainha me beijava, tudo rodava a minha cabeça, o sonho, a sensação de já conhecer aquele toque e o desejo de que ele nunca acabasse, mas tudo desapareceu de novo quando eu tateei o chão procurando por algo que pudesse usar e encontrei uma pedra. Acertando a Rainha na cabeça, a derrubando já desacordada e causando-lhe um pequeno corte na testa.

-Emma, está tudo bem? Se machucou, amor? - Killian chegou a cavalo.

-Sim, está tudo ótimo. - Eu dizia tocando os meus lábios e olhando confusa para a Rainha desacordada.

-O que acha que ela queria com isso? - Killian se abaixou e pegou a espada.

-Eu não faço ideia. - Dei de ombros sem mencionar o beijo. Eu ainda podia sentir os seus lábios macios contra os meus e por mais que eu odiasse admitir, eu queria beija-la de novo.

Regina

Acordei deitada sobre o chão duro, ao abrir os olhos eu me deparei com um teto de pedra, eu parecia estar em alguma espécie de caverna. Foi quando eu comecei a ouvir uma risada vindo da cela ao lado. Me levantei devagar com a mão na minha cabeça que latejava e me virei procurando o dono da risada que eu conhecia muito bem:

-Aí estão vocês! - Rumplestiltiskin riu. - Vieram fazer companhia ao velho Rumple, não vieram? Cheguem mais perto. - Eu não entendia o porquê dele se referir a tudo no plural já que eu estava sozinha naquela cela, mas nem por isso eu discuti. Apenas me levantei e me aproximei das barras que separavam nossas celas, foi quando ele de repente grudou nas barras da mesma, me assustando. - Você! A Rainha! A Aprendiz voltou! - Ele comemorava. - Voltou para ver o velho mestre. Voltou! Ela voltou! E trouxe companhia! - Ele chacoalhava as barras animado enquanto eu olhava ao redor tentando entender a quem ele se referia, mas acabei desistindo e deixando para lá. A falta de luz deve tê-lo deixado louco. - Minha melhor estudante e também, o meu maior fracasso... Minha maldição das trevas. Uma das minhas maldições mais preciosas. - Ele se desmoronou no chão. - Você falhou comigo! - Apontou se colocando de pé novamente.

-Aquela não era eu. - Ele me olhou confuso. - Veja, eu não sou a Rainha Má nessa realidade. - Ele afastou o meu comentário com um gesto das mãos como se o que eu falasse fosse besteira. - Na verdade, isso nem é uma realidade. É tudo falso. Você é falso.

-Agora eu estou intrigado. - Ele se aproximou das barras novamente e me chamou para chegar mais perto.

-Esse mundo foi criado pelo desejo de prender a Emma.

-Emma? Emma... - Ele pareceu pensar por um momento. - A Salvadora! Talvez eu possa ajudar afinal. Por um preço.

-Um acordo? - Eu ri e ele concordou. - Você nem é real.

-Mas, ninguém conhece os Salvadores melhor do que eu. Tudo que eu preciso em troca é uma coisinha bem pequenininha. Minha liberdade.

-Não. Não vale a pena. O mundo está melhor com você atrás das barras. - Dei de ombros e me afastei das barras.

-Mas você disse que esse mundo nem é real. Qual é o problema de deixar um falso eu sair de uma prisão falsa para um mundo falso?

-Você realmente tem um ponto, mas eu te conheço e mesmo que soubesse como sair daqui, eu prefiro não arriscar. O mundo está melhor sem você.

-O beijo de amor verdadeiro não funcionou, não é? - Voltei a minha atenção a ele quase que instantaneamente.

-Como sabe disso?

-Eu sei de tudo, Queridinha, tudo mesmo. - Rumple me olhava intrigado com um sorriso no rosto. - Inclusive sobre o seu amor verdadeiro. - Ele riu. - Você realmente pensou que beijar a Princesa forçadamente iria resolver seus problemas? Esqueça, Queridinha, o beijo de amor verdadeiro não vai funcionar dessa vez porquê não há maldição para ser quebrada. Isso é apenas mais uma das dezenas realidades existentes, a Emma só não sabe disso.

E Se SwanQueen Tivesse Acontecido?Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang