O Forasteiro

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Emma

No outro dia de manhã fizemos o enterro do Grilo, minha Mãe foi a oradora. Foi uma cerimonia rápida, cada um falou algumas palavras perto do caixão e depositou flores ou algo do tipo, depois encerramos e fomos para casa.

Henry não falava com ninguém, ele tinha ficado muito abalado com tudo isso, como o esperado, e Regina... Bom, Regina continuava desaparecida.

Surgiu um debate entre os anões eles queriam retornar a Floresta Encantada:

-Vocês querem voltar? - Minha Mãe perguntou.

-Lutamos tanto para chegar aqui. - Afirmei.

-Mas depois do que Regina fez com o Archie, Storybrooke não é segura como pensamos. - Leroy afirmou.

-Nós a encontraremos, não há muito onde se esconder.

-Fizemos antes e faremos novamente. - Minha Mãe me apoiou.

-Mas não é só ela, a maldição está quebrada. Há um mundo inteiro cheio de pessoas fora daqui que não sabem quem ou o que somos já pensaram no que pode acontecer se vierem para cá?

-Ele está certo e se eles virem sabe, a magia? Como uma garota virando uma loba, por exemplo? As pessoas não eram compreensivas no nosso mundo - Ruby concordou com Leroy.

Realmente era uma questão a se pensar, mas resolvi acalmá-los por enquanto:

-Não vamos nos preocupar com as possibilidades, ninguém está aqui.

-Ainda não, talvez venham, talvez não. Isso não muda o fato de que enquanto aproveitamos coisas como penicilina, estaremos com saudade de casa.

Depois que todos foram embora, ajudei meus pais com a organização, mas eu não conseguia mais ver Henry naquele estado, então eu tive uma ideia e saí:

-Pongo! - O garoto gritou quando eu cheguei com o cão, achei que aquilo o animaria.

-Eu e o Marco conversamos, o Archie sabia o quanto Henry ama esse cachorro, decidimos que deveria ficar com ele. - Expliquei a minha Mãe. - Se estiver disposto a cuidar dele, Henry. - Falei um pouco mais alto para ele escutar.

-Sim, estou! - Seu humor já havia mudado.

Minha Mãe sorria com a ideia, mas então ela olhou para o chão do apartamento, que já estava todo sujo de pegadas e seu sorriso desapareceu:

-Henry, por que não leva o Pongo lá fora? - Falei.

-Claro! Vamos, Pongo, vamos lá!

-Certo, olha...

-Sei que dá muito trabalho... - Falei primeiro, mas ela me interrompeu novamente.

-Não, não, não. Acho que dar o Pongo ao Henry é uma ótima ideia, é que quatro pessoas e um dálmata nesse loft, pode ficar...

-Superlotado, eu sei. Usaremos a criatividade.

-Ou poderíamos ter o nosso lugar. - Ela falou olhando para o David.

-Quer se mudar? - Falei junto ao meu Pai.

-Foi só uma sugestão. - Ela ergueu os braços em forma de rendição.

-Depois de 28 anos não foi isso que esperamos dividir o mesmo teto? - Falei.

-Sim, só imaginei um teto maior, com torres. - Sorrimos para o comentário dela. - Estar aqui em Storybrooke... Temos uma chance de recomeçar. Então vamos aproveitá-la.

Depois de conversamos meus pais saíram para pesquisar mais sobre as casas para comprar em Storybrooke, eu fiquei com o Henry e o Pongo, o garoto estava empenhado em desenhar plantas nossa futura casa. Ele ainda estava triste com o que a Regina tinha feito, alias onde ela deve estar agora?

-Pongo! - O cachorro começou a latir para a porta e arranha-la, me tirando dos meus pensamentos. - O que é isso? - Abri a porta. - Archie? - Parecia que eu tinha visto um fantasma.

-Oi. - O homem disse adentrando a casa.
-O que houve?

-Foi a Cora, ela me sequestrou. - Ouvir esse nome novamente me fez congelar, como aquela mulher poderia estar aqui? Regina era inocente esse tempo todo.

-Archie! - Henry se levantou e veio cumprimentá-lo.

-Henry! - Archie o abraçou. - Está tudo bem, eu estou bem.

-Henry, estávamos errados, Regina não fez isso. - Eu me sentia arrependida ao lembrar-se de tudo o que disse a ela, tinha medo de perdê-la para sempre agora.

-Eu sabia talvez ela devesse saber. - Henry disse.

-Sim, algo me diz que pagaremos do mesmo jeito.

E Se SwanQueen Tivesse Acontecido?Onde histórias criam vida. Descubra agora