70 - Estranhos

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6 Anos Depois...

Chamei o Dog, o cachorro que eu eu Daryl tinhamos achado, e ele veio correndo. Abaixei, fazendo carinho na sua cabeça.

- Bom garoto. - Sorri. - Cadê o homem que você levou com você, hein?

Escutei passos e ergui a cabeça, vendo Daryl se aproximando, segurando a besta no ombro com uma mão, olhando em redor e depois para mim. Assim que ficou perto o suficiente, colocou um braço sobre os meus ombros, me puxou para si, e beijou o topo da minha cabeça.

- Tem alguém que você vai gostar de rever. - Falou.

Franzi o cenho. - Onde?

- Vem, eu te mostro.

Em um caminho por entre as árvores e a vegetação, estava uma carroça, com Carol e Henry.

Sorri e a mulher se aproximou, me abraçando forte. Ela morava agora no Reino, com o Ezekiel, e os dois haviam adotado Henry.

Nos afastámos.

- Oi, estranha. - Disse ela.

Sorri. - Bom ver você. - Depois olhei Henry, fechando um olho por causa do sol. - Que tipo de comida têm lá no Reino? Você está enorme?

Henry sorriu. - E você continua minúscula.

Assenti. - Sua sorte é ser um garoto e filho da Carol.

Seguimos na direção de Hilltop, já que o objetivo de Carol era deixar o menino lá, por algum tempo, para ele aprender habilidades novas com o ferreiro, mas Carol pediu para o Daryl manter ele debaixo de olho.

Assim que chegámos no portão, escutei uma voz gritando, do topo dos muros.

- Eles regressaram!

O portão abriu e entrámos. Desci da moto assim que Daryl parou ela e vi Tara, Enid e Jesus surgindo.

Tara me abraçou em primeiro. - Que bom ver você de novo, Z. Pensei que tinham se mudado para outro estado, Mamãe Ganso.

Nos afastámos e eu ri. - Se isso acontecer, você será a primeira a saber.

Tara riu. - Estou contando com isso.

Paul me abraçou, me erguendo um pouco do chão e depois se afastou. - E aí? Prontos para regressar para a civilização?

Soquei o seu ombro e ele riu, me empurrando.

Enquanto Carol explicava para Tara e Jesus o porquê de estar ali, eu segui na direção dos túmulos de Glenn e Abraham. Sorri e ajoelhei junto deles.

- Oi pessoal. Sinto a falta de vocês todos os dias. - Toquei na cruz de cada um, e depois levantei, seguindo na direção de onde viera.

Depois de Tara ter aceite que Henry ficasse em Hilltop, já que ela assumira a liderança da comunidade quando Maggie saíra, Carol se despediu e regressou no Reino.

Me aproximei do Daryl, enquanto Henry falava com o ferreiro, e toquei no seu ombro.

- Significa que vamos ficar? - Indiquei o menino.

Daryl respirou fundo e me olhou, depois assentiu. - Vamos ficar durante um tempo.

Olhei o chão e depois para ele, novamente. - Eu sei o que você está pensando.

Ele assentiu. - A gente não achou nada. Isso é impossível.

Assenti. - Eu sei. Se ele estiver por aí, a gente acha ele.

Nessa noite, depois de ter feito minhas higienes e trocado de roupa, esperei por Daryl no quarto, enquanto limpava o meu bastão.

Minha cabeça não parava de pensar que Daryl tinha razão. A gente nunca achara nada que indicasse que Rick estava morto. Nada de nada. Eu não queria alimentar minha esperança, mas isso poderia significar algo.

Daryl regressou depois de um tempo, e quando ficou pronto para dormir, deitando na cama e colocando um braço atrás da cabeça, eu larguei o bastão e deitei do seu lado. Logo Daryl colocou um braço em redor dos meus ombros.

- Isso é bem diferente do que dormir em uma barraca. - Falei.

Daryl riu. - É.

Sorri e depois apoiei o queixo no seu peito. Depois levantei um pouquinho e beijei ele, me afastando depois e olhando nos seus olhos. Sorri.

- Sabe o que mais é diferente?

Daryl me olhou. - Hum? Nem sei se quero saber o que você vai dizer.

Eu ri. - Tem algo que a gente pode fazer aqui, sem medo que surgam zumbis para atrapalhar.

Daryl franziu o cenho. - Você é doida.

Eu ri e depois sentei em cima dele, sentindo suas mãos, automaticamente, sobre as minhas coxas. Me inclinei na frente e beijei o seu pescoço.

- É. - Falei. - Pode até ser.

Daryl segurou o meu rosto com uma das mãos e me encarou. - Pensei que estivesse cansada.

Dei um selinho nele.

- Para você, nunca.

Ele sorriu, um sorriso bastante rápido, bem no estilo do Dixon, e depois me beijou, a mão que segurava a minha coxa, apertando com vontade...

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