39 - HGM

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Pela manhã, eu e Daryl guardámos nossas coisas e saímos do edifício. Íamos procuar outro ponto de onde pudessemor ver melhor.

Conhecia alguns prédios que talvez podessem nos ajudar, mas talvez estivessem "ocupados" demais.

Percorri as ruas da cidade com Daryl, os dois em silêncio, atentos a cada movimento. Se fôssemos atacados por andarilhos, seria uma merda.

Mais na frente, bati no ombro dele, devagar e indiquei o prédio em frente, que tinha uma espécie de ponte interior que ligava a outro edificio.

Daryl assentiu, pegou um monte de papel e começou a queimar, lançando para o meio da estrada, chamando a atenção dos zumbis que estavam por ali.

Corremos até o prédio e entrámos, subindo, mas parámos olhando a cena.

Nessa espécie de ponte, tinha um monte de barracas, parecendo um acampamento e, dentro de uma das tendas, uns zumbis faziam seus barulhos e tentavam se libertar.

Daryl fez sinal e seguimos até á porta dupla, ao fundo, que estava presa com correntes.

- Eu puxo e você passa. - Disse ele.

Assenti e abaixei, jogando o bastão pela abertura e depois passando. Levantei do outro lado e empurrei a porta, para que Daryl passasse.

Tal como eu, ele passara a besta primeiro e depois ele surgiu.

Entrámos em um escritório gigante e me aproximei da janela, vendo que Daryl ficava olhando um quadro horrivel que tinha na parede.

Sorri. - Vai levar?

Ele me olhou. - Pff. Isso é horrivel. - Ergueu os braços, indicando a pintura. - Parece que um cão cagou aqui, e depois sentou, espalhando a merda por todo o lado.

Eu ri, negando com a cabeça e olhando a rua. De repente, algo chamou minha atenção. Algo em uma ponte.

- Daryl! Olha ali! São eles!

Daryl se aproximou e olhou para onde eu indicava.

Em cima da ponte, tinha uma ambulância com cruzes grandes nos vidros de trás, iguais às do carro.

- Vamos! - Disse ele.

Regressámos pelo mesmo corredor de antes e Daryl segurou a porta para eu passar, e eu fiz como antes, o bastão primeiro e depois eu. Só que, dessa vez, quando levantei, tinha um garoto mirando minha cabeça com uma arma e havia pegado o meu bastão.

- Ah, fala sério.

Daryl passou pela porta e assim que viu ele, ergueu a besta.

- Me dá suas armas. - Disse o garoto.

Franzi o cenho. - Tá maluco?! E a gente vai sair daqui como? Convidando os mortos para um rolé, logo á noite? Me devolve o meu bastão e cala a boca!

Daryl, do meu lado, suspirou e deixou a besta cair no chão.

Olhei ele, incrédula. - O quê?

O garoto pediu desculpa, pegou nossas armas e saiu dali, libertando alguns zumbis que estavam dentro das barracas.

- Ótimo! - Peguei a faca do cinto, bruscamente. - Agora estamos no meio da cidade, sem armas!

Avancei pelo corredor, matando eles na força da raiva e do ódio. Se eu achasse aquele moleque de novo...

- Eu demorei uma eternidade para construir aquele bastão. - Falei, espetando cabeças. - Não é um Zé ruela que vem e leva ele de mim!

- Daremos um jeito, vem. - Disse Daryl.

Trust MeWhere stories live. Discover now