Esperei, sentada sobre a parte da frente do carro do Aaron, de olhos fechados, com o sol tocando na minha pele.
Aaron e Daryl tinha entrado em uma loja, para vasculhar, e eu ficara vigiando.
De repente, abri os olhos e vi um zumbi se aproximando da porta da loja. Suspirei, peguei o bastão e pulei do carro, me aproximando dele enquanto rodava o bastão.
Ergui e bati na sua cabeça, fazendo o corpo cair no chão, mas do nada, um outro morto surgiu e segurou o meu braço, puxando.
- Droga! - Esbravejei.
Tentei me soltar, mas ele não soltava. Então ergui o pé e chutei ele para longe de mim, fazendo ele cair no chão. Depois abaixei, ergui o bastão e bati no seu rosto, uma e outra vez.
- Alguém acordou do lado errado da cama.
Parei, olhando para trás, e vi Daryl e Aaron me olhando, de pé, junto da porta.
Suspirei e levantei, sacudindo o bastão e indicando os corpos no chão.
- Esse ia entrar na loja, esse ia me morder. - Dei de ombros e olhei Aaron. - Nunca viu, não?
Ele sorriu. - Só comentei.
- Uhum, sei. - Coloquei o bastão no ombro e indiquei a loja. - Terminaram? - Ele assentiu. - Então vamos embora.
Colocámos as coisas no carro e olhei para Aaron.
- Vamos atrás dele? - Perguntei, me referindo ao homem de poncho vermelho que a gente viu no dia anterior.
Aaron suspirou. - Acho que deveríamos tentar.
Assenti e troquei um olhar com Daryl.
Eu odiava aquilo, sair em busca de pessoas para convencê-las a irem para Alexandria.
Mais na frente, deixámos o carro na beira da estrada e Daryl escondeu a moto, e entrámos na floresta. O caipira seguia na frente, olhando o chão e tudo em redor com demasiada atenção.
Aaron, mais atrás, andando do meu lado, indicou Daryl.
- Ele é bom nisso.
Assenti, olhando as costas do Daryl e sentindo algo que poderia ser chamado de orgulho, crescer no meu peito. Ergui o queixo e sorri.
- Ele é, sim.
Daryl me olhou por cima do ombro, mas continuou andando.
Daryl abaixou, mexendo no chão e depois nos olhou. - Ele seguiu naquela direção. - Ergueu a mão e olhou Aaron. - Tem certeza disso?
- Temos de tentar.
Eu sorri, segurando o bastão no ombro.
- Se ele for um idiota, podemos sempre abrir a cabeça dele. - Os dois ficaram me olhando e eu dei de ombros. - O que foi?
Aaron riu e Daryl levantou, colocando a besta no ombro, passando por nós e seguindo o caminho.
Depois de horas andando, chegámos num portão enorme, trancado, onde se podia ver um armazém gigante, com vários caminhões.
Enquanto Aaron e Daryl desenhavam um plano, e pensavam se deveriam entrar ou não, eu ergui o bastão e bati com força no cadeado, tentando quebrar ele. Depois de várias tentativas, consegui quebrar e percebi os meninos me olhando.
- Credo, o que foi? - Perguntei.
- E se tivesse zumbi do outro lado? - Daryl me olhou.
Ergui as sobrancelhas e olhei o espaço na nossa frente, ergui a mão, mostrando o obvio. - Não tem nada aqui. - Atravessei o portão. - Vamos.
Entrámos e deixei os meninos irem na frente, vendo Aaron ficar encantado com uma placa de um dos caminhões.
Sorri. Aaron estava se revelando diferente do que eu imaginava.
Observei o lugar, era estranho tudo aquilo estar vazio, cheio de comida, e sem nenhuma proteção a não ser um cadeado.
Daryl abriu um dos caminhões e todos os outros abriram juntos, fazendo com que vários zumbis saíssem de dentro.
Puxei o seu braço e levei comigo, para longe dos mortos, mas depois percebi que Aaron ficara para trás.
Corri na sua direção.
- Zoe! - Daryl tentou me impedir.
Ergui o bastão e bati na cabeça de um zumbi que se preparava para morder o Aaron. Puxei ele e saímos dali, mas era impossível fugir.
Daryl achou um carro e entrámos, eles na frente e eu no banco de trás. Ele me olhou por cima do banco e esticou o braço, segurando o meu rosto manchado de sangue.
Suspirei. - Não é meu.
Daryl respirou fundo e assentiu, regressando na posição inicial.
- Como vamos sair daqui? - Disse Aaron, olhando os mortos na janela, nos cercando.
Daryl olhou em volta e acendeu um cigarro. - Talvez algo chame a atenção deles.
- Ou talvez isso seja uma armadilha e o que surgir depois seja pior do que zumbis. - Falei.
Aaron me olhou, com uma expressão preocupada.
Dei de ombros. - Não me olha assim.
Ele sorriu. - Obrigado por me salvar, lá fora.
Assenti. - Tudo bem.
De repente, algo bateu no vidro, chamando a atenção de todos nós e vi algo lá fora, matando zumbis. Parecia um homem...
Ele abriu a porta do Aaron e mandou sair. Ele saiu de imediato, pegando a faca e espetando as cabeças deles.
Daryl saiu e eu pulei no banco da frente, saindo, erguendo o bastão e batendo nas cabeças de todos os zumbis que conseguisse.
De repente, olhei e não vi Daryl e Aaron, apenas mortos.
- Daryl! - Gritei.
Eu não podia perdê-lo. Eu não aguentaria perder mais ninguém.
Um homem surgiu do meu lado e impediu o meu ataque com o que parecia ser uma espécie de vara.
- Eles saíram. Vem!
Segui ele, matando zumbis e por fim saímos daquele lugar, fechando o portão e trancando ele.
Olhei para trás e vi Daryl se aproximando de mim. Ele me abraçou com o braço livre e eu imitei o seu gesto, apertando forte. Senti um alívio enorme por ele estar bem.
Nos afastámos e Aaron tocou no meu ombro, fazendo uma espécie de carinho.
Depois olhámos o homem que nos salvara e, enquanto Aaron falava com ele, eu o observava. Descobrimos que se chamava Morgan.
Era alto, de pele escura e vestia roupas claras, segurando uma espécie de vara e parecia ser realmente boa com ela.
Depois de recusar a oferta de Aaron, para seguir até Alexandria junto com a gente, ele tirou algo do bolso e entregou a Daryl.
- Poderiam me indicar onde estamos?
Olhei as mãos de Daryl e vi que era um mapa, mas algo nele chamou minha atenção. Ele tinha algo escrito, e eu reconheci a letra de Abraham.
Franzi o cenho e espreitei por cima do ombro do Daryl.
- Onde você achou isso? - Perguntou Daryl.
- Estou procurando um amigo. Rick Grimes.
Assim que chegámos em Alexandria, já após o anoitecer, Daryl tocou no meu braço, enquanto seguiamos atrás de Aaron e Morgan.
- Acha que isso foi boa ideia?
Dei de ombros. - Pode estar mentindo e apenas ter lido o nome no mapa.
Escutámos barulho junto da casa da Deanna e nos aproximamos, apenas para ver uma cena surreal.
Rick, coberto de sangue, falava alto, para todos os ali presentes. O marido de Deanna estava morto, no chão...
Franzi o cenho, ao mesmo tempo que segurava o bastão com força.
- Rick? - Disse Morgan.
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Trust Me
FanfictionO fim do mundo muda as pessoas. Tendo essa regra como certa, Zoe sobrevive ao apocalipe zumbi tendo apenas como companhia, um cachorro que salvou da morte. Ela perdera a confiança nas pessoas depois de perder sua família... Pelo menos até achar um g...