42 - Alexandria

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Todos saíram, me deixando no celeiro com Rick e Judith.

Aaron estava amarrado, depois de eu ter batido na cabeça dele porque ele falava demais, e, quando a menina começou a chorar de fome, o estranho falara que tinha compota de maçã na mochila, que poderiamos dar para a garota.

Rick passou Judith para os meus braços, tirou a compota e abaixou junto dele, querendo que ele comesse. Logo Aaron explica que não gosta de compota, e começa a explicar o porquê.

Confesso que, se ele não fosse um estranho, do qual eu desconfiava até o infinito, suas palavras me tocariam. Era incrível saber que existiam pessoas que simplesmente não aceitavam os outros como eles eram. Sorri discretamente. O irmão do Daryl era assim, também.

Voltei na realidade quando escutei a voz de Rick. Ele me indicava.

- Eu vou dar isso para a minha filha, mas se algo acontecer - Ergueu o dedo na minha direção. - Você ficará nas mãos dela. - O olhou. - E eu não vou pará-la.

Aaron me olhou, enquanto Rick levantava e pegava a menina, piscando o olho para mim sem Aaron ver.

No final, quando todos os outros regressaram, concordaram em ver essa tal de Alexandria: uma comunidade segura, com muros altos e fortes, onde eles viviam em casas normais, com água, onde tinham comida e podiam plantar alimentos.

Franzi o cenho, aquilo me parecia perfeito demais, mas Michonne falou que seria um bom recomeço, por nós e pelas crianças.

Rick concordou, mas só se fôssemos de noite, o que me acabou colocando dentro de um carro estranho, com Glenn, Rick e Aaron.

Eu ia no banco de trás, com Aaron, e isso estava dando com os meus nervos em doidos.

De repente, Aaron se chegou na frente.

- Era por aquela estrada.

Rick assentiu. - Iremos por essa daqui.

- Mas é mais longe, além de que limpamos aquela.

Olhei ele, estreitando os olhos. - Qual a parte de "nós vamos, mas pelas nossas regras", que você não entendeu? Escuta, se isso for verdade e você recrutar pessoas, aconselho a mudar de estratégia, porque a sua deixa tudo perfeito demais e esquisito demais. Ninguém iria acreditar.

Ele deu de ombros. - Acreditaram. Pessoas acreditaram e agora estão lá.

Neguei com a cabeça. - Idiotas.

- Deanna irá falar com vocês e mostrar que é tudo real.

- Deanna?

- Nossa líder.

- Uma líder? - Perguntei.

Ganhei um olhar do Glenn pelo espelho, e soube que ele lembrara do mesmo que eu. Pelo menos, ela não deveria me obrigar a tirar a roupa e a deitar em cima de uma mesa.

De repente, o carro parou, ficando atolado e tudo o que estava ficando mau, ficou pior ainda.

Tivemos de sair do carro, até porque Aaron ficou doido quando uma luz muito forte surgiu no céu. Ele gritou, empurrou a porta e se soltou das minhas mãos.

Sem pensar, segui ele, correndo pela noite escura mas sem nada ver, até que cheguei nele e o joguei no chão, sentando sobre o seu colo.

- Me solta! - Gritava.

- O que era aquilo? - Gritei, com o bastão junto do seu pescoço, pronta a espetar os espinhos nele. - Que merda era aquela?

- Me deixa! Eu tenho de... - Ele suspirou, derrotado. - Eric, meu marido.

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