23. A MENTIRA

272 25 45
                                    


Dra. Pang andava de um lado para o outro na frente do Departamento de Psiquiatria Ambulatorial com um olhar preocupado.

Ela não sabia o que deveria fazer com a situação que estava enfrentando no momento.

Seu paciente, o Sr. Som, estava melhorando imensamente. Ela iria deixá-lo em casa em alguns dias, então teve que se coordenar com a Unidade de Visitas Domiciliares para fornecer a ele cuidados continuados.

Honestamente, não havia nada para se preocupar com Som.

A questão mais preocupante foi sua avaliação de que a história do paciente poderia realmente ser a verdade, não uma alucinação.

Som realmente testemunhou a morte de uma pessoa - a morte que foi causada pelo homem que ele chamou de 'The Grim Reaper', e Som realmente apontou para o homem que ele viu como o Grim Reaper para ela ver.

Pang foi até a janela, olhando distraidamente para fora do prédio.

Ela queria deixar isso para lá. Que seja apenas o passado que o paciente enfrentou.

Mas seria realmente certo deixar o Grim Reaper sair impune? Quantas vítimas morreram por causa dele?

E os rumores de que essa pessoa estava envolvida em todos os casos de assassinato, a deixou ainda mais inquieta.

Pang não sabia se a polícia iria ouvir o que ela ia dizer. Ela só podia esperar que eles confiassem em sua experiência profissional.

Pang decidiu pegar seu telefone e ligou para um dos policiais que ela conhecia.

—Olá, é a Dra. Kanokpon. Tenho algo a discutir com vocês.

⋅•◇•⋅

—Puta merda de fantasma!— Por causa do palavrão, todos os olhos das pessoas na varanda se voltaram para ele.

A enfermeira Tum encarou o homem, que de repente saiu do canto escuro, fazendo-o literalmente pular no ar.

—Quando você vai parar de fazer isso, Tenente Kong!? Você é um fantasma ou algo assim?!

O homem, que parecia menos com um policial que Tum já conhecera, sorriu. Seus olhos pareciam entusiasmados.

—Tenho uma história interessante para lhe contar.

Tum fez beicinho.

—Eu não vou ouvir. Afaste-se. Estou saindo do meu turno.

—Você está de mau humor porque eu não fiquei para o almoço naquele dia?— Kong interveio para bloquear o caminho de Tum.

—Como posso fazer as pazes com você?

Tum soltou um suspiro pesado como resposta e se virou.

Kong fez um som tsk e caminhou apressadamente com um longo passo para bloquear Tum de outra maneira.

—Ei, amor, não é saudável ficar de mau humor. Você vai perder as informações legais que acabei de receber— Kong baixou a voz.

—Sobre o Dr. Guntapat na noite em que seu quarto foi vasculhado.

Tum ficou em silêncio e olhou hesitante para Kong. Ele decidiu pegar o pulso de Kong e arrastá-lo para a área fora da vista das pessoas.

Kong olhou para a mão que segurava seu pulso e sorriu agradavelmente. Tum o levou a uma sala de tratamento vazia, soltou sua mão e se virou para o tenente Kong com uma expressão séria.

—Diga.

—Fui perguntar ao namorado do Dr se Dr havia saído naquela noite. O inspetor Wasan confirmou que o Dr. Gunn ficou com ele a noite toda, mas não era verdade.—Kong pegou o telefone e abriu o vídeo da câmera instalada em frente ao conjunto habitacional:

EUTHANASIA: SPARE ME YOUR MERCY [NOVEL]Where stories live. Discover now