10. O SUSPEITO

266 41 32
                                    

— Wasan... Eu provavelmente não tenho muito tempo.

Wasan olhou o céu acima. A sua mão que segurava o celular contra a orelha estava dormente. Ele tenta segurar as lagrimas que se acumulavam em seus olhos borrando sua visão.

— Não diga isso. Você espere até eu voltar. No próximo mês eu me mudarei de volta para casa.

— Eu não sei se poderei permanecer até lá... — Raweewan fala com uma voz trêmula.—Eu estou com tanta dor neste momento, meu querido.

—E os analgésicos, mãe?

Wasan fechou seus olhos. Uma única lagrima escorreu por sua bochecha.

— Por favor, peça que Thang diga ao doutor para ajustar os remédios para você.

— Wasan... — Ela pausa por alguns segundos.—Se eu tiver ido antes que você volte, você não precisa ficar triste. Se eu for, isso significa que foi minha própria decisão. Por favor respeite minha decisão.

⋅•◇•⋅

A primeira coisa que Wasan escutou quando voltou aos seus sentidos foi o constante som de beep do aparelho acima de sua cabeça, seguido por os passos de alguém. Wasan sentia seu corpo pesar. Ele estava gradualmente retomando sua consciência. Wasan levou vários segundos para determinar onde ele estava e como ele acabou desse forma, mas ele não conseguia encontrar a resposta certa. Sua mão direita podia sentir um toque morno e apertado em sua volta. Ele olhou para baixo para a mão antes de olhar para cima vendo o homem com rosto empolgado e um grande sorriso.

— Wasan! — Gunn segurou a mão de Wasan com ambas as próprias mãos antes de a levantar a beijando em suas costas. Ele colocou a mão de Wasan em seu rosto como se finalmente tivesse algo precioso de volta. — Finalmente, você acordou! Eu me preocupei tanto com você.

Wasan fechou os olhos e se virou por conta da luz acima no teto. Seus sentidos começaram a voltar a funcionar completamente. Ele podia sentir a atmosfera caótica ao seu redor junto ao constante som das rodas de macas do hospital. A articulação esquerda de Wasan estava conectada a um IV. Além disso, ele sentia um cânula nasal em seu nariz. Wasan percebe que algo serio deve ter lhe acontecido.

— Onde eu estou? — Wasan se vira para perguntar ao homem que permanecia próximo a sua cama. Ele sabia que a pergunta parecia engraçada, mas como um homem que acabou de retomar consciência, essa confusão era tão esmagadora que ele não conseguia encontrar as respostas por si mesmo.

— No hospital. Nesse momento, você esta no quarto de emergencia. — Gunn acariciou a mão de Wasan gentilmente. — Vou chamar o médico de plantão. Já volto.

Apesar da ligeira confusão. Wasan tenta reganhar sua compostura e se lembrar do incidente que o trouxe aqui. Talvez, a questão mais cabível seja, ''O que está acontecendo?''

Gunn retorna com uma médica. Ela checa seus sinais vitais antes de andar até a lateral da cama.

— Como está se sentindo agora?

— De alguma forma, meio sonhando meio na realidade. — Wasan olha para ela. — O que me aconteceu, doutora?

— Seu irmão voltou para casa e te encontrou deitado inconsciente no chão. — Gunn foi quem respondeu. — Você foi encontrado semi-consciente, meio sonolento, ainda sim responsivo, então seu irmão ligou para uma ambulância e te trouxe até aqui. Você se lembra o que aconteceu antes?

— Eu... — Wasan fecha seus olhos com força, massageando seus olhos cansados. — Alguém invadiu minha casa e tentou me atacar. Isso é tudo que consigo lembrar.

EUTHANASIA: SPARE ME YOUR MERCY [NOVEL]Where stories live. Discover now