3. EUTANÁSIA

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Wasan andou em direção ao prédio enquanto duas enfermeiras em uniformes azuis e calças pretas finas descendo de uma motocicleta.
Wasan costumava chamar aquele lugar de posto de saúde perto de casa antes de ser renomeado para Hospital Regional Promotor de Saúde Pública.

— Olhe quem está aqui. — Tae andou para fora de seu escritório, em direção ao homem com a vestimenta completo do uniforme policial. Os olhos do homem de meia idade estavam cheios de orgulho. — Como eu poderia te ajudar, capitão?

— Assim como quando eu era criança — Wasan fungou seu nariz entupido — Posso ter uma redução de muco e remédios para congestão nasal, por favor?

— Toda vez depois da chuva ou sempre que o tempo mudava, as alergias do rapaz Wasan sempre apareciam. — Tae riu enquanto relembrava os velhos tempos, quando Wasan era apenas um rapaz maltrapilho que falava sem rodeios. O rapaz vinha pedir-lhe o favor quase sempre que o tempo mudava. — Você se sente melhor? Já faz uma semana. — Ele estava falando sobre a mãe de Wasan.

— Ainda sinto falta dela, mas me sinto muito melhor agora.

— Ótimo! Nós, almas vivas, precisamos seguir em frente. — Tae deu um tapinha no ombro de Wasan. — Espere aqui, filho. Vou buscar o remédio para você.

— Obrigado. — Ele se sentou em um banco em frente às salas de exame sem nenhum médico por perto. Também não havia pacientes à vista, então, felizmente, ele não teve que esperar muito pelo remédio.

Ele havia acabado de receber um boletim de ocorrência de agressão. Ter o nariz escorrendo não o ajudaria em nada enquanto conversava com as pessoas na cena do crime. 

— Inacreditável! O Doutor Guntapat visitou Songkran na semana passada e já estava morto. — Uma enfermeira estava conversando com Tae, que estava ocupado localizando remédios no armário.

Wasan levantou a cabeça instantaneamente quando ouviu o nome 'Guntapat’na conversa.

— Bom, não é? Assim ele não precisa mais sofrer.

— Eu estava lá para avaliar sua dor depois que ajustamos seu remédio conforme Tui instruiu. Mas cheguei tarde demais. Ying me disse que ele provavelmente faleceu pacificamente ontem à noite enquanto dormia.

— Você ligou para o Dr. Gunn? Ele pode querer dar esse intervalo de tempo para outro caso.

— Eu disse a Anne para ligar.

— Por favor, diga também ao Dr. Gunn que ele esqueceu seu estetoscópio aqui, em uma sala de exame. Para o caso de ele ter ido procurá-lo no hospital.

Wasan escutou a conversa até que Tae voltou com dois sacos de remédios. Wasan levantou-se apressadamente do assento e pegou os sacos.

— Só temos esse tipo. Vai aliviar seus sintomas

— Obrigado— Wasan juntou as mãos para mostrar sua gratidão e estava prestes a voltar. No entanto, suas dúvidas o fizeram voltar para perguntar a Tae. — Que dia o Dr. Gunn está de plantão aqui?

— Ele está aqui todas as terças-feiras. Normalmente ele fica no hospital provincial. Na verdade, ele veio esta manhã e saiu por volta das 13h por causa de uma reunião urgente no hospital. Ele saiu correndo que deixou o estetoscópio. — Tae riu. — Se você quiser um check-up com ele, você pode vir na terça.

Wasan ficou em silêncio por um momento.

— Você gostaria que eu levasse o estetoscópio para o Doutor? — Tae ergueu as sobrancelhas com espanto. 

— Você já conhecia o Doutor, certo? Você vai encontra-lo de novo em breve? — Wasan assentiu.

— Nós já nos conhecíamos. — Mas ele não respondeu à última pergunta. Tae deu de ombros.

EUTHANASIA: SPARE ME YOUR MERCY [NOVEL]Where stories live. Discover now