5. A ALUCINAÇÃO DE SOM

425 51 20
                                    

Depois que a luz da enfermaria masculina foi parcialmente apagada para que os pacientes pudessem descansar, uma auxiliar de enfermagem de uniforme amarelo caminhou de volta a um posto de enfermagem. Ela sorriu para uma jovem enfermeira que diligentemente recebia ordens dos papéis que os médicos do turno da noite lhe entregavam. 

— Há tantos pedidos para a zona intermediária. — Narm, a jovem enfermeira, ergueu a cabeça para olhar o relógio. 

Era seu último turno da noite esta semana. Agora, ela só queria ir para casa e dormir à noite como as outras pessoas. 

— Bem, é claro, cada caso de intubação não parece tão bom, especialmente o paciente no leito número 6. Nunca sabemos se ele conseguirá remover o ET.

— Estamos cuidando desses casos há tanto tempo, você não acha? — Narm levantou-se depois de terminar de examinar os pedidos dos médicos para a farmácia. — Eu vou preparar o remédio.

— Vá e dê remédio para os pacientes, Narm. Então podemos comer juntos esta salada picante de manga.

— Salada picante de manga não deve ser comida à 1 da manhã, você não acha? — Narm disse rindo, antes de ir direto para um carrinho contendo medicamentos enterais e parenterais preparados para cada paciente. 

Ela se virou para olhar para a cama de hospital na "zona do meio". Este que era o centro de pacientes gravemente enfermos que precisavam de observação cuidadosa e era a zona mais próxima do posto de enfermagem. Quase todos os pacientes na zona intermediária tinham seu próprio tubo endotraqueal tubo e eles tomaram vários medicamentos por 24 horas. 

Eles eram os pacientes que ela não suportava deixar de cumprir seu dever. De repente, Narm notou uma figura de sombra balançando do lado de fora das janelas entre a enfermaria e a varanda externa. Ela pulou. Seu coração batia rápido e forte. Ela caminhou rapidamente até um interruptor perto da janela e acendeu as luzes, e lentamente se abaixou para espiar a fresta da janela veneziana. 

As luzes da estrada iluminavam a penumbra do interior, de modo que ela não conseguia ver muitos detalhes. No entanto, ela não notou nada incomum. Narm respirou fundo para se acalmar. Essa sombra pode ser apenas uma ilusão visual. Ela se virou e caminhou até o carrinho de metal para preparar o remédio. Nesse instante, ela ouviu o monitor cardíaco tocar de forma alarmante. Narm virou a cabeça e viu que era o paciente do leito número 6. O aparelho tocou porque havia algo errado com o eletrocardiograma do paciente.

Narm correu para olhar para ele. Ela apertou o botão do aparelho para medir a pressão arterial e o nível de oxigênio no sangue do paciente, a fim de comunicar o médico de plantão imediatamente. Antes mesmo de aparecer o nível de pressão arterial, suas ondas de eletrocardiograma já haviam se tornado uma linha horizontal. Narm estendeu a mão para verificar seu pulso. Ela amaldiçoou um pouco antes de gritar. 

— Uma parada cardíaca! 

[...]

O Dr. Bunnakit olhou para um corpo pálido e sem vida em uma mesa de aço à sua frente com as mãos nos quadris. Anun, um proeminente oficial assistente do Departamento Forense, retirou um órgão do falecido peito. O órgão que uma vez batia incessantemente desde o momento em que nasceu até o momento em que desistiu e parou de bater ontem à noite. 

Bunnakit recebeu o órgão para inspecionar externamente antes de colocá-lo em uma tábua de corte. 

— O coração está aumentado e tão fino quanto um filtro de café.

— Isso deveria ter sido bastante óbvio, Dr. Bunn. — O homenzinho de meia-idade balançou a cabeça. — Não sei do que os membros da família ainda suspeitam.

EUTHANASIA: SPARE ME YOUR MERCY [NOVEL]Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz